Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2020

92 Nascida em Londrina (PR), mas paulistana de coração, como gosta de dizer, Rosmari Ghellery sempre esteve envolvida com a área financeira, mas acabou escolhendo a psicologia como for- mação. Durante nove anos fez jornada dupla até que em 1988 aceitou o convite familiar de ingres- sar na Fibrasil como responsável pelas finanças e administração. Como os resultados se mostraram bastan- te positivos com sua chegada, acabou sendo admitida na sociedade. Em 2000, participou do processo de entrada da ColdCar, líder mundial na fabricação de carrocerias para supergelados, no grupo, parceria mantida até hoje. Quando se sentiu completamente adaptada à Fibrasil, Rosmari partiu para novos desafios e iniciou movimento para participar das associa- ções de Guarulhos (SP) – onde a empresa está instalada – e conhecer empresários do entorno por busca de melhorias necessárias ao município para o desenvolvimento das indústrias. A inicia- tiva a alçou a conselheira do Ciesp Guarulhos e vice-presidente da Associação dos Empresários de Cumbica, cargos que ocupa atualmente. “Nosso segmento é predominantemente masculino e a participação feminina ainda é muito tímida. Poucos são os cargos estratégicos ocupados, ficando para as mulheres posições administrativas e comerciais. Na Fibrasil temos coordenadoras e gerentes em área estratégica (comercial e RH), o que acredito aconteça em outras empresas. Embora as empresas precisem de bons profissionais independentemente do sexo, a mulher acaba tendo olhar e atuação mais con- ciliadores, inteligentes e estratégicos, perfil que compõe muito bem com a ‘agressividade’ mas- culina. Compor é muito mais interessante que competir. Isso é uma questão de inteligência e estratégia. Mas ainda não é um caminho fácil de se per- correr. O que encontramos pela frente é muito mais educação e cordialidade do que reconhe- cimento e aderência às ideias. Comigo mesma, por algumas vezes, em companhia de um dire- tor, a atenção foi voltada para ele, por ser do sexo masculino. Posso dizer que é muito interessante apreciar esse movimento. Existem fortes diferenças de estilos. De for- ma geral, quando o comando é feminino, os aspectos emocionais são mais considerados, o que torna a liderança mais fácil de ser exercida e recebida. Mas não se pode confundir compe- tência com estilo de liderança. E por mais que o homem esteja aprendendo a aceitar a presença Histórias e visões pessoais  Rosmari Ghellery, diretora presidente da Fibrasil Carrocerias © Divulgação MULHERES | WOMEN | MUJERES

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