Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2020
93 Fundada num porão de casa em outubro 1973, a Silpa nasceu do sonho de Hermenegildo Antonio Paniz, pai de Silvia Regina Paniz, um em- preendedor nato que viu nos negócios de peças de reposição para o mercado de implementos rodoviários uma grande oportunidade. Como boa empresa familiar, na Silpa não foi diferente e Hermenegildo não poupou os filhos de se dedicarem ao negócio. Enquanto o mais ve- lho, Gilmar Angelo Paniz, foi sendo treinado para assumir a empresa, Silvia e o outro irmão ocupa- ram outras funções. Assim a empresa caminhou e se desenvolveu até que em 2011, com o falecimento de Gilmar, a própria Silvia, até então responsável pelas áreas contábil e fiscal, se viu obrigada a assumir toda a administração. Entre sustos e necessidades, en- tre cuidados com os pais idosos e novo luto pelo pai falecido em 2012, a empresária afirma que li- derar o grupo é um aprendizado diário. E como acredita que ninguém veio para o mundo comummanual de instruções, temcomo desafio fazer sempre o melhor pelo conjunto, já que a Silpa se tornou para ela uma “filha com muitos filhos e netos”, uma família com algumas brigas e abraços, mas todos na mesma direção. “Não sei de números exatos, mas creio que já somos mais de 40% no mercado de implemen- tos rodoviários. Acredito que a união faz a força, que juntos se chega mais longe e que cabeças pensantes e atitudes fazem a diferença. Estou na liderança, mas sem o comprometimento de todos na empresa não conseguiria fazer nada. O mercado mudou, estamos todos evoluindo, a im- portância da presença feminina nas lideranças se tornou vital. Quanto aos desafios das mulheres em car- gos de liderança, num primeiro momento, diria que é o que os outros pensam e julgam, mas, de- pois de cincominutos que me joguei no trabalho, o que os outros pensam e julgam é problema de- les, tenho que fazer a minha parte. Em minha opinião, é preciso entender que o que realmente importa é quanto se está disposto a se dedicar para obter os resultados necessários e que os diferentes estilos de gestão, feminino e masculino, às vezes só está na maneira de expor as ideias e seguir as metas. Num contexto geral, a base é igual.” feminina profissional em cargos de liderança, quando subordinados, para muitos, a situação ainda é bastante desconfortável. É uma quebra de paradigmas diária, mas precisamos dar importância ao que de fato é importante. De minha parte, tenho o reconhe- cimento e o respeito de meus pares e me sinto bastante inserida na comunidade empresarial. Atualmente, estou à frente dos negócios e conto com uma equipe de profissionais qualificados, homens e mulheres, que me ajudam a fazer da empresa um sucesso.” Silvia Regina Paniz diretora administrativa da Silpa © Divulgação
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=