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Como a tecnologia pode auxiliar na redução de prejuízos no transporte de frigorificados

Como a tecnologia pode auxiliar na redução de prejuízos no transporte de frigorificados

Por Thiago Cardoso, Diretor de Agronegócio da nstech

 

O Brasil se configura como um dos principais players do mercado quando se fala de produção e exportação de carne. No que diz respeito à produção de carne bovina, o país é o segundo maior produtor mundial, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. 

Já em relação às exportações, o Brasil é líder em exportação de carne bovina e de carne de frango. Além disso, a tendência é de crescimento na produção, comercialização interna e, principalmente, exportação.

No mês de maio de 2024, segundo a Forbes Agro, o país registrou crescimento de 25,85% em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), esse foi o segundo mês consecutivo de recorde no volume exportado.

Com indicativos de crescimento desse mercado no comércio interno e externo, o transporte de frigorificados precisa ser eficiente e ágil. Além do grande volume de cargas movimentadas, as transportadoras devem oferecer um alto nível de serviço para garantir a qualidade dos produtos.

A frota de veículos frigorificados no Brasil representa apenas 3,2% do total de caminhões em circulação. Então, como atender as exigências no transporte de refrigerados e agregar valor ao serviço e produto?

 

Importância do transporte frigorificado - O transporte é um dos grandes responsáveis pela manutenção da qualidade da mercadoria, segurança alimentar, disponibilidade de produtos e redução de perdas.

Em um país continental como o Brasil são os caminhões que conectam produtores às operações de abate e desossa, aos centros de distribuição, supermercados, feiras e consumidores finais.

Também é o modal rodoviário que garante o escoamento da produção nacional para o mercado externo, fazendo com que as cargas conteinerizadas cheguem até os portos.

 

Desafios e principais riscos no transporte de frigorificados - O transporte de carnes, laticínios, frutas, verduras e tantos outros itens perecíveis enfrenta desafios em um país do tamanho do Brasil e com temperaturas tão variáveis.
 

As transportadoras atuantes nesse transporte precisam ficar atentas aos principais riscos das operações frigorificadas.
 

  • Problemas na refrigeração - Interrupções na refrigeração durante o transporte, seja por falhas no equipamento, portas abertas ou outros fatores, deixam a carga sujeita à deterioração e à proliferação de microrganismos.
    Além dos riscos de transmissão de doenças no caso de ingestão de alimentos perecíveis mal transportados e mal conservados, fazer entregas de produtos avariados aumenta o número de devoluções e compromete a imagem das marcas.
  • Acidentes e danos - Colisões e tombamentos não danificam apenas os veículos, mas provocam avarias à carga e perda de produtos, causando prejuízos às empresas. Além disso, cargas sinistradas podem tornar os produtos impróprios para o consumo.
    Assim como os investimentos na prevenção de acidentes em operações com frigorificados, a movimentação dos produtos, o carregamento e o descarregamento também exigem atenção.
  • Atrasos e falhas na entrega - Congestionamentos, obras nas estradas, condições climáticas e restrições ao tráfego comprometem os prazos de entrega. No caso da cadeia fria, esse é um problema ainda mais grave, já que as cargas não podem ficar muito tempo paradas.
    Entregas erradas ou com atraso são outro risco à qualidade dos produtos perecíveis e geram custos adicionais às empresas.
  • Roubo e furto de cargas - Roubos e furtos preocupam o setor logístico no Brasil, principalmente no Sudeste. As cargas alimentícias destacam-se entre as cargas mais visadas para roubo, sendo assim, viagens sem monitoramento, por rotas perigosas e sem rigor no rastreamento das cargas deixam o serviço de transporte vulnerável.
    Os roubos não causam apenas perdas financeiras, mas abalam a confiança dos clientes e colocam em risco a saúde e a segurança alimentar dos consumidores.
  • Condições climáticas - Temperaturas muito baixas ou muito altas podem interferir na qualidade dos produtos refrigerados. E o Brasil, por sua dimensão continental, tem todas as variáveis possíveis no clima em um só dia, dependendo da região de onde a carga saiu e para onde é destinada.
    Mais do que nunca, as transportadoras brasileiras precisam contar com dispositivos de monitoramento de temperatura, com alertas em caso de desvios e anomalias.
    As condições climáticas – como chuvas e inundações, por exemplo – também aumentam o risco de acidentes e, como sabemos, acidentes danificam a carga, atrasam as entregas e impactam na qualidade dos produtos.

 

5 dicas para otimizar o transporte de frigorificados e reduzir prejuízos - Otimizar o transporte de produtos frigorificados e reduzir prejuízos é essencial para a logística de frigorificados, mas para ter operações bem-sucedidas são necessárias algumas estratégias:
 

  1. Planeje e organize todas as etapas da operação de transporte - O sucesso do transporte de frigorificados requer a análise das demandas, o cumprimento da legislação específica para esse tipo de carga, a identificação das melhores rotas e a automatização dos processos para agilizar o carregamento e a entrega.
    Equipes treinadas e investimentos em sistemas de roteirização, consolidação inteligente das cargas, rastreamento e monitoramento em tempo real são fatores cruciais.
  2. Mantenha frotas bem equipadas e com manutenção preventiva - Fazer o transporte de frigorificados exige veículos em excelente estado de conservação e bons planos de manutenção preventiva, com tecnologia de refrigeração de última geração e sensores de temperatura, umidade e ventilação.
    O controle de temperatura das cargas é essencial e precisa ser feito durante toda a viagem para facilitar a identificação de problemas e evitar a perda da carga.
    Junto com os sistemas de rastreamento dos produtos, investir no monitoramento com visibilidade end do end é a saída. A tecnologia ajuda a localizar os veículos, acompanhar as viagens e evitar atrasos.
  3. Aprimore a gestão de processos - Não há dúvidas de que a automação e a integração dos processos logísticos facilitam o transporte de cargas. No caso da cadeia fria, essas medidas são ainda mais importantes.
    Para fazer o transporte eficiente de produtos frigorificados, capacite os profissionais envolvidos, padronize os procedimentos de carregamento, descarga e entrega, faça a gestão dos pátios e das frotas, implemente sistemas de controle de temperatura e mantenha canais eficientes de comunicação com todos os envolvidos.
  4. Faça o gerenciamento dos riscos e evite perdas - Acidentes, roubos, avarias à carga e perda da qualidade das mercadorias são grandes desafios para o transporte de frigorificados. Por isso, o gerenciamento dos riscos não pode ser subestimado.
    Além de identificar os gargalos envolvidos neste tipo de transporte e traçar um plano eficiente para o gerenciamento dos riscos, a segurança da operação envolve outras medidas como contratação de profissionais por meio de serviços de cadastro e consulta de motoristas e veículos; planos de manutenção preventiva da frota; treinamento dos profissionais e monitoramento das viagens em tempo real.
  5. Integre os sistemas e mantenha planos de contingência atualizados - No transporte de frigorificados é necessário estabelecer procedimentos claros e detalhados para lidar com uma emergência. Por mais eficiente que seja a operação, as cargas da cadeia fria são vulneráveis e as viagens, sujeitas a imprevistos.
    Integrar todos os sistemas para ter 100% de visibilidade operacional e manter comunicação eficaz é o primeiro passo, mas não se esqueça de atualizar os planos de contingência e, mais do que isso, treinar os envolvidos.

 

Como a tecnologia melhora o transporte de frigorificados - A tecnologia faz toda a diferença na redução de prejuízos no transporte de frigorificados.

  • Sensores IoT: monitoram continuamente a temperatura, umidade, ventilação e outros parâmetros críticos para a conservação dos produtos. Os dados são enviados à central em tempo real.
  • Inteligência artificial: analisa os dados e gera alertas em caso de anomalias (variações de temperatura ou falhas nos equipamentos). Assim, garante que medidas corretivas sejam tomadas a tempo para evitar perdas.
  • Algoritmos inteligentes: ajudam na escolha de rotas adequadas, considerando fatores como tempo de viagem, distâncias, condições climáticas, estado das vias e tráfego.
  • Torre de Controle: garante a rastreabilidade completa da carga com inteligência para o monitoramento em tempo real nas variações de temperatura, observando assim os desvios dos parâmetros aceitáveis de temperatura por tipo de produto, aumentando a transparência na cadeia de frio e reduzindo o risco de fraudes
  • Softwares de gestão: melhoram a gestão de transporte, das frotas e dos pátios, integram e automatizam processos, ajudam no controle de custos e de gastos com combustíveis etc.
     

Melhorar a produtividade, a segurança e a eficiência, reduzir custos e evitar prejuízos no transporte de frigorificados é possível para quem aposta em planejamento, investe em treinamento e utiliza toda a tecnologia disponível a favor de entregas perfeitas.

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 nstechA nstech, maior empresa de software para supply chain da América Latina, reúne mais de 100 soluções que hoje já atende cerca de 70.000 empresas do setor. Centrada na resolução das dores de negócios atuais e futuras de todos os elos da cadeia, oferece tecnologias completas e modulares para que os clientes possam evoluir seus negócios, fazer entregas eficientes e impactar a sociedade ao reduzir a emissão de CO2, acidentes e roubos. Em seu banco de dados o ecossistema reúne 2,4 milhões de motoristas, o maior do Brasil. Além do Brasil, a nstech está presente no México, Colômbia, Chile, Peru, Bolívia, Angola, El Salvador, Argentina, Equador, Paraguai, Portugal e EUA.

PinePR | Agência de PR e Assessoria de imprensa

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