Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2019
11 A indústria de implementos rodoviários está na rota segura da recuperação. Depois de colecionar resultados negativos, o setor tem registrado variação positiva nos negócios. Esse alento encoraja as lideranças das empresas a apostarem em ampliação gradual das atividades, mas commoderação. Isso porque ninguém se ilude com os nú- meros, classificando-os como crescimento. Lon- ge disso. Nossas perdas somaram dois terços do mercado interno e repor esses negócios leva tempo e não depende apenas dos fabricantes de implementos rodoviários. A retomada da economia em todos os níveis é fundamental para nossa recuperação. O seg- mento fabricante de implementos rodoviários, por estar diretamente ligado ao aquecimento dos negócios dos outros setores, é com toda certeza um dos principais interessados que a política econômica do governo tenha êxito. O campo, como era de se esperar por causa das supersafras sucessivas, é o ambiente onde os primeiros sinais de recuperação surgem e com isso o setor de agronegócio tem desempenhado o papel de motor de partida da recuperação eco- nômica. A influência no desempenho de nossa indústria foi direta. A reposição de negócios entre os fabrican- tes de reboques e semirreboques acelerou e em 2018 o balanço final apontou 79,21% de variação positiva. Já para o setor de carroceria sobre chas- si o resultado apurado atingiu 28% sobre o total de 2017, variação menor decorrente do ainda lento giro de negócios nas cidades, que influencia diretamente as vendas dessa modalidade de im- plementos. Por conta dessa diferença, o balanço final da indústria mostrou que a recuperação de um ano sobre o outro atingiu a marca positiva de 49,1%. Ninguém espera e nem anseia por medidas governamentais que façam os negócios saltarem da noite para o dia. Melhor caminharmos a pas- sos seguros e firmes do que com velocidade. Mas alguns movimentos são importantes e têm sido implementados com êxito. O programa de priva- tizações é um deles. A história recente ensina que passar à exploração da iniciativa privada deter- minadas operações, como foram os aeroportos, refletem sempre na geração de novos negócios a curto, médio e longo prazo. A continuação desse programa e de outras iniciativas similares por si só traz a possibilidade de oportunidades de negócios para a indústria. Porque melhor que conceder benefícios é dar su- porte ao desenvolvimento dos negócios, em um ambiente sustentável, sem malabarismos ou os benefícios artificiais do passado, muito nocivos em seus efeitos e que não deixaram saudades. Norberto Fabris Presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, ANFIR
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