Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2019
35 Assim como Martins, também o presiden- te da NTC&Logística avalia que a posse do novo governo gerou expectativa bem mais positiva no setor. “A reforma previdenciária, que todo mundo coloca como essencial para o País, deve finalmente sair. E a reforma tributária, embora um pouco mais complicada, também deverá ser encaminhada.” Fernandes ressalta que quanto antes as re- formas acontecerem, mais claros serão os sinais da volta da confiança em todos os segmentos econômicos, incluindo o de transporte. “Temos de tirar a ressaca dos últimos anos. Estamos acreditando no País, vamos fazer a nossa parte.” Sua expectativa em relação ao PIB é de expansão de 2,5% a 3%. “Vale destacar que a recessão nos últimos anos foi tão grande que o normal seria uma retomada vagarosa. Mas a gente espera que desta vez isso não ocorra, que tenhamos uma reação mais significativa nesse processo.” Segundo ele, o agronegócio já vem bem e há uma boa perspectiva de recuperação da indústria e do comércio. “No caso do agronegócio há uma soma de fatores positivos que favorece toda a cadeia que o cerca. Nesse ramo não tem mais improviso, a competência é extraordinária, o que gera demanda crescente por novas tecnologias e novas oportunidades de negócios.” O importante, diz Fernandes, é que os bons ventos do agronegócio cheguem agora na indústria, com reflexo positivo no comércio: “Temos uma pesquisa semestral aqui na NTC que mostra que o otimismo cresceu bas- tante de julho de 2018 para janeiro deste ano. Os empresários estão demonstrando muito mais confiança, o que tem a ver com o clima po- lítico e o encaminhamento das reformas”. No que diz respeito à infraestrutura, o pre- sidente da NTC&Logística diz que há perspectiva de melhoria em todos os modais. “O Ministério do Transporte está concluindo ferrovias e pro- mete a construção de novas rodovias, além de melhorias nas existentes”, lembra Fernandes. O executivo também comentou sobre a greve dos caminhoneiros no ano passado, que na sua avaliação serviu para evidenciar a im- portância do transporte no País. “O clima hoje é bem melhor, houve avanços no período”, co- menta Fernandes. Ele reconhece que ainda há confusão mui- to grande em relação ao piso mínimo do frete e que algumas pesquisas mostram que nem todos estão recebendo adequadamente: “Mas a gente acredita que os problemas agora serão resolvidos sem radicalização. A ra- zão de ser da nossa atividade é movimentar, ja- mais pode parar”. José Hélio Fernandes NTC&Logística © NTC&Logística
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