Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2019
44 © João Luiz Oliveira | Technifoto © Sindipeças Base baixa Com relação ao mercado específico de caminhões, o vice- -presidente da Fenabrave responsável pela área, Sérgio Zon- ta, ressalta que o crescimento do ano passado teve uma base comparativa baixa, consequência da crise econômica e da forte retração experimentada pelo segmento nos últimos anos. A venda de quase 76 mil caminhões representou expres- siva alta de 46,3% sobre 2017, índice que tende a ser menor este ano. O importante, porém, reforça Zonta, é que tudo caminha para o mercado continuar em alta. Em janeiro, por exemplo, foram emplacados 6.740 caminhões, 51,5% a mais do que no primeiro mês de 2018. Entre as montadoras de caminhões, algumas apostam em crescimento até acima das projeções da Anfavea e da Fenabrave, caso da Volvo, que estima alta de 30%, e da Scania, que fala entre 10% e 20%. Dentre os fatores que favorecem o mercado de pesados, Zonta destaca a expectativa de crescimento do PIB, a queda acentuada na inadimplência do setor e o aumento expressivo da participação dos bancos nos financiamentos, tanto privados como os de montadoras. “Também é importante o crescimento dos índices de con- fiança dos frotistas e transportadores, além da formação de fro- ta própria, observada junto às empresas, como consequência da greve dos caminhoneiros em 2018”, complementa Zonta. Autopeças Por causa da retração nas vendas externas, a Anfavea está projetando para 2019 uma alta da produção inferior à do mer- cado interno. A estimativa é de crescimento de 9%, para 3,14 milhões de veículos. É com base nessa expectativa de uma produção maior que também o Sindipeças, Sindicato Nacional da Indústria de Au- topeças, está vendo 2019 com bons olhos. A meta dos fornecedores é atingir faturamento de R$ 107,1 bilhões, uma evolução de 8,4% sobre 2018, quando a re- ceita, segundo dados preliminares do Sindipeças, chegou a R$ 98,8 bilhões. A indústria de autopeças também ampliará investimentos em 10%, com aportes previstos para este ano da ordem de R$ 2,72 bilhões. “Apesar da queda das exportações provocada pela crise argentina, a produção de veículos deverá continuar em alta, com impacto positivo para o setor autopeças”, avalia Dan Ios- chpe, que acaba de ser reeleito presidente da entidade que reú ne centenas de fornecedores nacionais e multinacionais de au- topeças. Antonio Megale Anfavea Dan Iochpe Sindipeças PROJEÇÕES | FORECASTS | PROYECCIONES
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