Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2019

62 ga não chegar na Norte-Sul? Só o transporte de carga faz o porta-a-porta, e por isso ele é muito mais versátil que os outros modais”, justificou o titular da Infraestrutura. “Vamos investir em outros modos de transporte para fazer com que o perfil do frete mude e a gente vá substituindo esses fretes de longa pelos de curta distância. O frete de longa distância, no final das contas, é o mais caro, é o que desgasta mais, é o que dá mais custo de manutenção e é o que tira a previsibilidade”, completou o ministro durante evento da Confe- deração Nacional dos Transportadores Autôno- mos, em fevereiro. O primeiro grande teste do modelo de pri- vatização pretendido pelo governo foi o leilão dos doze aeroportos constantes do primeiro pacote, divididos em três blocos no Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. Eles foram arremata- dos por quase R$ 2,4 bilhões, valor dez vezes superior aos lances mínimos. Já os contratos de concessão preveem investimentos de R$ 3,5 bi- lhões ao longo de trinta anos. “O leilão mostrou que os investidores es- trangeiros vieram para ficar”, disse Freitas. Dos três consórcios vencedores, dois são estrangeiros: o espanhol AENA Desarrollo In- ternacional SME S.A., que arrematou o bloco do Nordeste, e o suíço Zurich Airport Latin Ameri- ca, que levou os aeroportos do bloco do Sudeste. “(Os investidores) estão acreditando no Brasil, no crescimento do nosso mercado. Pela experiência que têm, vão fazer um ótimo traba- lho e vamos atingir o objetivo da política públi- ca, que é melhorar a prestação de serviço”, com- pletou o ministro. O governo já publicou um edital de chama- mento público para a próxima rodada de con- cessão de aeroportos, que incluirá 22 terminais nas regiões Norte, Sul, Nordeste e Centro-Oes- te. Segundo o ministro da Infraestrutura, este leilão está previsto para ocorrer no segundo se- mestre de 2020. Também ferrovias e portos Três trechos de ferrovias serão concedidos ainda este ano à iniciativa privada, de acordo com o planejamento previsto no PPI. A primeira da fila é a Ferrovia Norte-Sul, no trecho que vai de Estrela d’Oeste (SP) a Porto Nacional (TO), com 1.537 km. O lance mínimo é de R$ 1,353 bilhão, com investimentos previstos de R$ 2,8 bilhões e prazo de concessão de trinta anos. Segundo o cronograma, no quarto trimestre vão a leilão a Ferrovia de Integração Oeste-Leste- -FIOL (trecho entre Ilhéus/BA e Caetité/BA) e a Ferrogrão (de Sinop/MT a Miritituba/PA). Quatro terminais portuários já foram leilo- ados neste início de governo. Três em Cabedelo (PB), arrematados pelo Consórcio Nordeste por R$ 54,5 milhões, e um em Vitória (ES), que fi- cou com o Consórcio Navegantes Logística, por R$ 165 milhões. “Tivemos disputa intensa no terminal de Cabedelo e um bom resultado no terminal de Vitória. Isso mostra que estamos seguindo fir- mes no cumprimento de metas de entregar uma série de ativos para a gestão da iniciativa priva- da”, avaliou o ministro. Ainda nos primeiros cem dias de governo, ocorreramm os leilões de mais cinco áreas portu- árias em Belém e uma em Vila do Conde, no Pará. Todas são destinadas amovimentação e armazena- gem de combustíveis. Os editais de concessão exi- giramR$ 629 milhões em investimentos ao todo. Outros sete portos já estão qualificados dentro do PPI, com projetos em andamento. Eles ficam em Pernambuco, Amapá, São Paulo e Paraná. A maioria deve ir a leilão ainda neste ano, no segundo semestre.   INFRAESTRUTURA | INFRASTRUCTURE | INFRAESTRUCTURA

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