Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2019
72 quadro que vem mudando gradativamente: “Ainda tem muita coisa importada, mas temos por objetivo produzir o máximo possí- vel localmente. Sempre que um produto atinge massa crítica a gente nacionaliza. Vale lembrar que há cinco anos trazíamos ABS de fora e agora o produzimos aqui.” Iluminação Também a Braslux, fabricante de sistemas de iluminação, sistemas elétricos e peças técni- cas injetadas e pioneira no desenvolvimento de lanternas automotivas em LED, tem ampliado participação no mercado brasileiro. O CEOMaurício Balbinot diz que a empresa ganhou participação demercado nos últimos anos principalmente por ter inovado em plena crise. “Aproveitamos o período para modernizar nossas instalações e ampliar a capacidade pro- dutiva. Adotamos essa estratégia para sairmos vivos e ainda mais fortes da crise”, comenta o executivo. A empresa também diversificou sua área de atuação, passando a atender o mercado agrí- cola e de máquinas de construção, com uma li- nha de faróis dianteiros. Além disso, expandiu negócios no merca- do de reposição e no exterior, atendendo países da América Latina, Europa, Oriente Médio e África. Tanto os sistemas de iluminação como os elétricos da Braslux são fornecidos em kits, o que facilita a montagem e a manutenção. A Braslux, afirma Balbinot, lançou novas li- nhas de produtos mais robustos, que alémde con- tribuírem para a redução dos custos dos clientes também geraram maior economia na manuten- ção. “Fizemos, por exemplo, a migração dos chi- cotes comuns para os blindados, que têm conceito de modulação e são bemmais resistentes.” Com relação a 2019, Balbinot estima cres- cimento das vendas de pesados em torno de 10% a 20%. “Os índices estimados pelos fabricantes são diferentes, variando de 5% a 25%. Estamos apostando em um porcentual médio”, comenta o executivo, ressaltando que a Braslux pretende continuar ganhando participação de mercado. O gerente de vendas da divisão de trailers da Knorr-Bremse, Antônio Silva, também acre- dita na continuidade de expansão do mercado de pesados este ano, mas ressalva que a empre- sa ainda está um pouco conservadora: “É preciso que as reformas, principal- mente a da previdência, aconteçam para que a economia efetivamente cresça e os investidores voltem a apostar no Brasil”. De qualquer forma, lembra que a demanda por parte dos implemen- tadores no início de ano sinaliza um 2019 me- lhor do que 2018. Sobre os avanços tecnológicos no setor de veículos pesados, Silva diz que as fabricantes de veículos ainda são as maiores responsáveis por esse movimento, que é puxado pelas matrizes. Destaca ainda que a Knorr-Bremse mantém investimentos contínuos para trazer novidades para o Brasil: “As montadoras têm plataformas globais e não dá para ter um gap muito grande frente aos outros países”. De acordo com Silva, antes havia uma de- fasagem de dez a quinze anos entre uma novi- dade lançada lá fora e a sua chegada ao Brasil. “Hoje é diferente. Basta ver a legislação Euro 6 que passa a vigorar aqui em 2024, ou seja, uma diferença de apenas quatro a cinco anos em re- lação à sua implantação lá fora.” © Divulgação Braslux Maurício Balbinot Braslux FORNECEDORES | SUPPLIERS | PROVEEDORES
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