Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2021

20 Em uma frase, como o senhor definiria os três anos de sua presidência na ANFIR e que se encerraram no primeiro trimestre? Em uma frase fica bem difícil, mas dizer que foi um período muito rico em experiên- cias e desafios acredito que englobe bem esses três anos. Por quê? Ser o presidente da ANFIR significa ter a responsabilidade de representar uma entidade formada por empresas brasileiras. Empresário no Brasil, parafraseando o jornalista Euclides da Cunha, é antes de tudo um forte. No nosso setor, então, a resiliência anda de mãos dadas com a coragem e ser o representante de uma classe empresarial com esse perfil exige mui - ta dedicação. Trabalhar em equipe é essencial e o presidente desenvolve um bom trabalho se tem ao seu redor pessoas de qualidade, como os vice-presidentes e a diretoria que me acom- panharam e com quem estou perfeitamente sintonizado. Além da equipe da ANFIR que é extremamente profissional e dedicada à entida - de. Atuar em equipe é algo que fiz ao longo de toda minha trajetória profissional, construída na Randon onde tive o privilégio de conviver com pessoas extraordinárias e realizar tarefas desafiantes e gratificantes. Na ANFIR nunca me faltaram desafios, alguns vinham até mim e ou - tros eu ia buscá-los, sempre visando o melhor interesse de nosso setor industrial. Nas duas situações meu conforto foi sempre estar rode- ado de profissionais muito competentes e dedi - cados. Em três anos de atuação muito foi feito, mas nunca individualmente. Diante das expectativas que o senhor nutria para o setor ao longo de sua ges- tão, a atual realidade está muito distante após um ano tão conturbado como 2020? Sem dúvida que sim! A crise ocorrida em 2020 não foi de natureza econômica. Natural- mente, como se verificou, a pandemia atingiu com força a retomada econômica iniciada no primeiro trimestre do ano passado. Eu lembro bem do otimismo que crescia de um mês para outro diante dos resultados que subiam. Escu- tava de meus colegas da ANFIR e das empresas associadas que as perspectivas de todos para o ano eram boas. O azul voltaria aos balanços de- pois de três anos de retração. Foi um baque sem sombra de dúvida. Ainda que a pandemia tenha mudado drasticamente o ritmo da economia, a indústria de implementos mostrou um grande poder de reação. A quais fatores especialmente o senhor atribui o desempenho de 2020? Nossa indústria estava preparada para a crise mesmo sem saber que ela viria. A razão é simples: após três anos de retração os empre- sários do setor, que são executivos experientes e calejados por terem vivido outras situações difíceis no passado, tinham feito o dever de ENTREVISTA | INTERVIEW | ENTREVISTA

RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=