Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2021
25 melhor notícia que tínhamos. Porém, mês após mês, com a reação paulatina e constante do nos- so mercado, as previsões melhoravam e, diante dos indicadores, passou a ser possível imaginar o cenário que tivemos, ou seja, equilíbrio no vo- lume de emplacamentos entre os dois anos. Alguns setores da indústria, depois de drástica queda de suas vendas, tiveram de reduzir número de funcionários ao longo do segundo semestre de 2020. As empre- sas de implementos souberam administrar melhor essa situação? Qual o balanço o senhor faz da mão de obra no setor? A indústria de implementos rodoviários não precisou tomar essas medidas. Isso porque o setor enfrentou a crise gerada pela pandemia com suas unidades industriais e administrativas já ajustadas em termos de pessoal. As medidas de redução foram tomadas em face dos três anos da crise anterior. Assim, nossas operações já estavam adequadas e pouca gente foi dispen- sada. Com a retomada gradual dos negócios, as empresas passaram a contratar. Assim, enquan- to em 2019 empregávamos 45 mil pessoas, em 2020 geramos mais 500 postos de trabalho com carteira assinada, ou seja, renda para ajudar a sustentar mais famílias. Outra dificuldade enfrentada na retomada por alguns setores foi a falta de insumos e componentes. As implementadoras encontraram problemas semelhantes? Sim, tiveram dificuldades para adquirir al - guns insumos e componentes dentro de sua ca- deia de fornecedores. O importante notar é que a pandemia trouxe para as relações entre as em- presas um componente a mais de solidariedade e flexibilidade. O fato de estarmos todos comba - tendo um mau comum contribuiu para que, no momento em que insumos e componentes falta- ram, todos se movimentassem, cada um dentro de sua competência, para solucionar o proble- ma. Todos na cadeia de fornecedores atuaram para manter o ritmo de retomada dos negócios de forma a que não faltasse implemento rodovi- ário para as empresas de transporte de cargas. Sabidamente, os custos de vários insumos aumentaram nos últimos meses. Qual o impacto dessa elevação nos negócios das associadas da ANFIR? O que as empresas devem fazer para amenizar esses efeitos? Essa é uma questão complexa e bastan- te particular de cada empresa associada. De modo geral, as indústrias deverão negociar com seus fornecedores de maneira a chegar a consensos que sejam positivos para todos. Não é de interesse de ninguém abandonar fornece- dores de qualidade ou impedir que seus par- ceiros de produção lucrem com a operação. A relação saudável entre clientes e fornecedores deve se dar de maneira harmônica, na qual to- dos os envolvidos contribuam com seu melhor e possam auferir lucro para manter sua opera- ção rentável. A grande desvalorização do real diante do dólar teve ou terá quais impactos sobre a indústria de implementos? As exportações podem ser beneficiadas? Em tese a desvalorização do real frente ao dólar costuma ser um fator favorável às expor - tações. Mas a pandemia interrompeu a ativida- de econômica em escala global e isso incluiu os mercados importadores de implementos rodovi- ários. Por ser uma situação nova para todos é ne- cessária a recuperação econômica destes países compradores para então esta mudança de taxa de câmbio fazer efeito sobre nossas exportações. Quais as expectativas da ANFIR para o mercado de implementos em 2021? Quais fatores devem contribuir para essa visão da entidade? A expectativa da ANFIR para 2021 é que o bom desempenho de setores como agronegócio, a construção civil, com a retomada de lança- mentos residenciais e obras de infraestrutura, e o transporte e distribuição de bens de consumo sigam aquecendo as vendas e ainda ganhem a companhia de outros setores. Diante dessa ex- pectativa, a indústria produtora de implemen- tos rodoviários esperar registrar em 2021 cres- cimento entre 8% e 10%.
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