Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2021
26 Já é possível imaginar que o setor retomará seus melhores índices em que prazo? Podemos dizer que na linha pesada já atin- gimos um bom patamar de volume de negócios, possibilitando assim um crescimento junto ao PIB brasileiro. E ainda esperamos uma recupe- ração no mercado da linha Leve bemmaior, para atingirmos uma total normalização de mercado. Nos últimos anos, o segmento de im- plementos pesados tem sido o principal sustentáculo das vendas das associa- das da entidade, particularmente em decorrência do agronegócio. Isso deve se repetir em 2021? Por quê? Sim. Porque o agronegócio é responsá- vel por quase metade das operações do setor, trata-se de um peso bastante significativo. O crescimento dos negócios em outros segmen- tos, como construção civil e entregas urbanas, é uma situação bem vinda e que esperamos que aconteça em 2021. O que falta para o segmento de implementos leves voltar a seus melhores dias? O setor de Carroceria sobre chassis depen- de muito da movimentação urbana de cargas. Para que isso aconteça é necessário que as ativi- dades das vendas de varejo sejam retomadas. O que podemos observar hoje é que esse processo está mais lento do que no segmento de Rebo- ques e Semirreboques. Mas tendo em vista que a economia como um todo está em uma espiral positiva de crescimento, podemos esperar que o segmento Leve acompanhe essa reação geral. Qual a principal lição de um evento tão dramático como uma pandemia global, algo que não ocorria há 100 anos, e que os empresários do setor podem guardar consigo para utilizar em outros momentos difíceis de seus negócios? Para a indústria de implementos rodoviá- rios a pandemia foi o quarto ano de uma longa crise. Entramos nela após três anos de dificulda - des e por isso estávamos razoavelmente prepara- dos. Porém, os desafios impostos foram outros e as medidas que tomamos para enfrentar os pro- blemas também foram diferentes. É interessante notar que uma das lições que tiramos é que po- demos e devemos ter uma postura mais compro- metida com a saúde coletiva em patamares aci- ma dos que já vínhamos praticando. A pandemia fez com que novas e atualizadas informações a respeito de prevenção de doenças fossem conhe- cidas. Isso poderá influenciar a maneira de agir das empresas dentro de seus ambientes de tra- balho porque vários desses protocolos sanitários e de preservação da saúde poderão, a escolha é de cada empresa, ser incorporados. Por exemplo, ter mais pontos de higienização das mãos não é uma medida ruim, ao contrário, porque previne a disseminação de um número elevado de doen- ças. Essa consciência coletiva que a saúde de to- dos é responsabilidade de todos ficou mais apro - fundada em nós. ENTREVISTA | INTERVIEW | ENTREVISTA
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