Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2021

37 a vacinação é processo que tomará quase todo o ano, impedindo retomada mais forte da eco- nomia”. Assim, os aguardados crescimentos da produção, de 15% do mercado interno e de 9% nas exportações dependem de muitas variáveis para se consolidarem ao final de 2021. Moraes não descarta, portanto, revisões pela frente. A Anfavea alerta ainda para outras incer- tezas de curto prazo além da potencial extensão da crise sanitária. Cita, por exemplo, dificulda - des logísticas, falta de insumos, elevação da car- ga tributária, cadeia produtiva pressionada pelo aumento dos custos e real desvalorizado. Para a produção de veículos pesados, con- siderando também os ônibus, que somaram so- mente 18,4 mil unidades em 2020 — o pior re- sultado desde 1999 —, a entidade calcula avanço de 23%! Chegará a 135 mil unidades contra as 109 mil do ano passado. Algo como 20 mil uni- dades serão exportadas, 16% a mais do que em 2020. Os fabricantes de caminhões, em particu- lar, tiveram muito menos a reclamar de 2020 do que as montadoras de automóveis. Graças, sobretudo, ao agronegócio, que seguiu deman- dando modelos pesados, produção e vendas de caminhões recuaram bemmenos do que os 42% estimados pela própria Anfavea em meados do ano passado, ainda sob os primeiros impactos da pandemia. O balanço ao final de dezembro, porém, teve 90,9 mil caminhões fabricados, 19,9% me- nos do que em 2019, resultado que superou até mesmo a produção registrada de 2017, quando o mercado interno começara a se recuperar da crise do ano anterior e que limitara as vendas internas a 51 mil unidades, o menor patamar da década. O mercado interno absorveu 89,7 mil ca- minhões leves e pesados, apenas 11,5% abaixo de 2019. “Bem melhor do que esperávamos inicialmente. 2020 superou até 2018”, destaca Marco Saltini, diretor da Anfavea. Se os números consolidados em 2020 até surpreenderam positivamente diante do que a indústria chegou a temer, as projeções para 2021 mostram um cenário muito melhor. Mas o sinal de alerta da indústria segue ligado. E no amarelo! Luiz Carlos Moraes, presidente da ANFAVEA © João Luiz Oliveira | Technifoto

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