Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2021

43 veículos pesados, para o qual a Fenabrave calcu- la evolução de 21,7%, a maior alta em 2021. Já as vendas de automóveis e comerciais leves devem crescer 15,8%, enquanto a expansão das de ôni- bus não deve superar 8,2%. O segmento de automóveis e comerciais le- ves acumulou 1,95 milhão de licenciamentos no ano passado, quase 500 mil a menos do que no ano anterior e queda de 26,6%. Já as revendas de caminhões entregaram aos clientes 89,2 mil veículos, recuo anual bem menor, de 12,3%. Segundo Assumpção, a recuperação das vendas no segundo semestre esteve amparada no baixo patamar das taxas de juros e no auxílio emergencial governamental, aspectos que cola- boraram para o aquecimento do comércio e bai- xa inadimplência, com consequente melhora da oferta de crédito. “E os fabricantes de caminhões tiveram até mais dificuldade para atender à demanda, seja em função da retração da produção, a boa oferta de crédito e os preços elevados das commodities que impulsionaram e continuam mantendo a procura aquecida”, pondera o presidente da Fe- nabrave. Mas os números esperados para o fim de 2021, alerta Assumpção, podem ser impactados por pelo menos outros três fatores negativos registrados no começo do ano. O primeiro foi a continuidade e até intensificação da falta de com - ponentes, principalmente eletrônicos e pneus de veículos pesados, nas linhas de montagem asso- ciada aos então já baixos estoques nas revendas. O segundo: a inesperada elevação do ICMS sobre veículos novos e usados no Estado de São Paulo. A alteração da alíquota do imposto em ja- neiro e a segunda onda da pandemia – o terceiro motivo – assustaram e afastaram os comprado- res, represando as vendas no maior mercado re- gional do País, que responde por 23% das vendas de veículos novos e perto de 40% das de usados. A própria Fenabrave, em conjunto com o Sincodiv-SP, Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Estado de São Paulo, questionou judicialmente a decisão do governo paulista de elevar em 207% o ICMS dos veículos usados e de 12% para 13,3% a alíquota sobre os carros novos. “O governo está recebendo 60% da margem bruta dos lojistas de carros usados. Isso é um absurdo. Não tem como as lojas terem retorno adequado para pagar impostos e gastos opera- cionais. Não tem como elas sobreviverem”, asse- gurou Assumpção ainda em janeiro. © Fenabrave Alarico Assumpção Júnior, presidente da FENABRAVE

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