Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2022

24 O segmento de caminhões, na avaliação da Anfavea, pode crescer até 10%, para 157 mil unidades, enquanto o de automóveis e comerciais leves terá alta um pouco menor, na faixa de 8,4%, para 2,14 milhões de unidades. Já a Fenabrave estima expansão de apenas 4,6% no número de emplacamentos, para cerca de 2,22 milhões de unidades. Por segmento, o menor índice seria nos automóveis, de apenas 2,9%, com algo próximo a 1,6 milhão de emplacamentos. As vendas de caminhões teriam expansão maior, de 7,3%, para cerca de 136,6 mil unidades. A projeção do Sindipeças, de alta de 4,8% no faturamento da indústria de autopeças, é similar à da Fenabrave. Também o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, não vê espaço para uma retomada substancial em 2022: “O transporte de carga é reflexo do Produto Interno Bruto, de duas a três vezes o seu índice. Como a perspectiva é de um crescimento muito baixo do PIB, o setor não temmuita expectativa. Sem contar que a escalada de aumento dos insumos, caso continue, pode atrapalhar bastante”. O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Mo- raes, comenta que, ao contrário dos anos anteriores, desta vez as projeções não estão levando em conta o potencial do consumo. O peso maior é o da oferta, ainda afetada pela falta de componentes eletrônicos. Ele lembra, inclusive, que a variante ômicron não foi levada em conta nas previsões da entidade. De positivo em 2022, segundo Moraes, o agronegócio e a demanda reprimida de 2021, que pode propiciar vendas deste ano não concretizadas no semestre passado. “Mas o desemprego e a alta dos juros e da inflação preocupa, assim como as projeções de um PIB praticamente estável”, comenta o executivo, reconhecendo riscos adicionais advindos do processo eleitoral e do necessário equilíbrio fiscal. O presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, reconhece que 2021 foi um ano complexo e que ainda há dúvidas quanto ao PERSPECTIVAS | OUTLOOK | PANORAMA Francisco Pelucio, presidente da NTC&Logística © NTC&Logística Luiz Carlos Moraes, presidente da ANFAVEA © João Luiz Oliveira | Technifoto

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