57 © WrightStudio | Adobe Stock® Por enquanto ainda de forma restrita aos maiores fabricantes do setor, os sistemas conectados de manufatura digital da chamada Quarta Revolução Industrial, ou Indústria 4.0, começam a ser adotados em fábricas de implementos rodoviários, com significativos ganhos de produtividade e qualidade. Além de linhas robotizadas, esse salto tecnológico digitaliza e conecta via internet todo o ambiente industrial e administrativo, envolvendo investimentos de longo prazo de centenas de milhões de reais. “Não basta instalar robôs. A Indústria 4.0 é uma jornada muito mais ampla e em evolução constante, que começa pela capacitação das pessoas antes da instalação de máquinas e sistemas. Precisamos assimilar essa cultura. Ainda estamos engatinhando nesse processo, mas começamos e vamos cada vez mais rápido”, afirma Marco Camargo, diretor de operações da Librelato, que atualmente aplica em tecnologias industriais cerca de R$ 100 milhões, equivalente à metade de seu programa de investimentos de cinco anos iniciado em 2018. A Randon Implementos investiu valores parecidos para adotar processos e sistemas de manufatura digital em dez linhas de produção no país, o equivalente a cerca de 25% de seu programa de R$ 400 milhões aplicados nos últimos cinco anos. “Não é um projeto de um ou dois anos, é uma opção estratégica da corporação que cria uma jornada para a qual não visualizamos o fim, pois a cada ano temos novas tecnologias a agregar. A transformação digital é o que nos movimenta para continuarmos competitivos hoje e no futuro”, resume Sandro Trentin, diretor superintendente da Divisão Montadora do grupo Empresas Randon. Trentin aponta que a Randon Implementos já tem cerca de 30% de seus processos industriais automatizados com sistemas da Indústria 4.0. A meta é aumentar esse porcentual para 60% nos próximos cinco anos e chegar a 80% mais adiante. “Hoje nem é possível ir além disso, pois alguns procedimentos precisam continuar sendo manuais. O maior desafio é projetar esse avanço tecnológico para ter máquinas e sistemas modernos não de hoje, mas segundo os padrões que teremos lá na frente.”
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