Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2023

32 FENATRAN Segundo Spricigo, os negócios gerados na feira representam as entregas de boa parte de 2023 para consolidar os R$ 3,5 bilhões. A expectativa de mais recorde da safra de grãos movimentou vendas majoritárias para o agronegócio. Cenário que provocou variação negativa, ainda que pequena, no começo do ano. “A indústria atravessou um desempenho estável. O estoque de caminhões Euro 5 praticamente esgotou no início de março, ao mesmo tempo em que a indústria de pesados ajustava a produção de veículos Euro 6”, avaliou o presidente da ANFIR. Para Spricigo, o ano deverá se manter em ritmo oscilante de entregas, mas em patamar conveniente. Como se espera, ano de mudança de legislação ambiental torna o mercado de caminhões menos comprador em função do investimento inicial mais alto. Alinhado com as projeções da Anfavea, Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores, o dirigente estima vendas de implementos rodoviários 10% menores em relação a 2022, quando consolidou 154,7 mil produtos, volume perto de 5% menor. “Ainda que registremos mais uma baixa, há uma demanda consistente. Basta entender que para cada unidade de caminhão vendido, 1,3 implemento é entregue.” O presidente da ANFIR ainda pondera dois novos fatores no horizonte. Um deles, a locação de veículos pesados, há bem pouco tempo praticamente inexistente e, atualmente, se mostra cada vez mais presente. “Na própria Fenatran notamos muito esse perfil, que chega com apetite de compras e muito potencial para crescer.” Depois há algumas incertezas naturais geradas pelo novo governo, em especial com relação ao ambiente econômico e condução de programas de estímulos. “Há a expectativa em relação ao Renovar, que se bem-sucedido pode aquecer o mercado, como também entender os movimentos no financiamento, as taxas de juros ou mesmo se ocorrerá maior participação do BNDES. Ao olhar o passado, a tendência é de ter de crédito.”

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