72 INFRAESTRUTURA | INFRASTRUCTURE | INFRAESTRICTURA Aliás, os acidentes e mortes nas rodovias federais em 2022 custaram caro para o Brasil. Segundo estimativas da CNT, o prejuízo foi de, aproximadamente, R$ 13 bilhões. Ou seja, é o dobro dos R$ 6,51 bilhões investidos pelo governo na malha no mesmo período. Além disso, são cerca de R$ 800 milhões a mais que o registrado em 2021. Melhorias urgentes O presidente da CNT, Vander Costa, diz: “A realidade que o estudo expõe reforça o que a CNT vem defendendo há anos: a necessidade vital de investimentos perenes que viabilizem a reconstrução, a restauração e a manutenção das rodovias”. O dirigente reforça que a pesquisa complementa o que especialistas, acadêmicos, políticos, gestores públicos e privados defendem: a necessidade de uma infraestrutura eficiente nas rodovias. Para o presidente da CNT, a infraestrutura brasileira é fator determinante para o crescimento do País. “Nesse cenário, o setor de transporte ocupa posição de destaque por causa do impacto direto que exerce sobre o desenvolvimento socioeconômico nacional.” Nesse sentido, a conclusão é que há a necessidade de intervenções prioritárias nas estradas para a recuperação, manutenção e reconstrução de trechos avaliados, além da eliminação de 2.684 pontos críticos. Entre esses, destacam-se 207 quedas de barreiras e cinco pontes caídas, que representam perigos significativos para a segurança dos motoristas. Também foram identificadas 504 erosões nas pistas, 1.803 unidades de coleta com buracos grandes, 67 pontes estreitas e 62 outros tipos de pontos críticos que podem comprometer a fluidez da via. Essas medidas de recuperação dos trechos garantem a infraestrutura viária necessária para proporcionar deslocamentos seguros e eficientes aos usuários. Melhores e piores estradas Nesta edição da pesquisa, a CNT avaliou 111.502 quilômetros, sendo 67.659 quilômetros da malha federal (BRs) e 43.843 quilômetros dos principais trechos estaduais. A Rodovia Torquato Tapajós (AM-010), que liga Manaus ao município de Itacoatiara, no Amazonas, também conhecida como Deputado Vital de Mendonça, é a estrada que apresenta o pior estado de conservação no País. A rodovia estadual surgiu na década de 1960 e o governo do Amazonas é responsável por sua administração. Conforme o levantamento, suas condições são precárias. Por outro lado, a rodovia com melhor estado de conservação está no Rio de Janeiro. Conforme a CNT, é a ViaLagos (RJ-124). A estrada tem 57 quilômetros de extensão entre os municípios de Rio Bonito e São Pedro da Aldeia. Quem administra a estrada é a concessionária CCR. (Veja box). Rodovias concedidas O ranking das melhores e piores rodovias demonstra que as administradas pelo poder público receberam porcentuais mais elevados de Vander Costa, presidente da CNT © CNT
RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=