ANFIR | 35anos

ANFIR | 35 anos 12 sentatividade”, afirma Pastre, que por duas vezes presidiu a ANFIR, nos triênios 1994- 1997 e posteriormente de 2003 a 2006. Mário Rinaldi, diretor executivo da ANFIR e que teve toda vida profissional ligada à indústria de implementos rodoviários, lembra que quando a associação foi criada uma das primeiras e mais importantes tarefas da nova entidade era a de construir canais de relacionamentos. Na gestão do presidente Rafael Campos essa ideia foi aprimorada, colocando-se em prática um eficiente programa de comunicação: “Fora do segmento automotivo, poucas pessoas sabiam da existência da indústria de implementos no Brasil. A impressão predominante, inclusive junto ao poder público, era de que o fabricante do caminhão também fazia carrocerias, semirreboques, as carretas”. Para o executivo essa falta de conhecimento resultava em desvantagem para as indústrias produtoras de implementos rodoviários em relação a outros setores. “Até mes- mo quando tentavam obter financiamento de bancos privados ou no momento de serem incluídas nos programas de incentivo do governo, já que, mesmo quando conseguia ser notado, o setor ainda era considerado secundário, menos importante”. Coube então ao empresariado quebrar esse estigma e mostrar a importante realidade econômica de seu parque industrial. Apesar das dificuldades e da pouca visi- bilidade nas esferas governamentais, imprensa especializada e junto ao público, o setor de implementos rodoviários gozava de ótimo conceito junto às próprias montadoras. Isso se devia à sua apurada capacitação técnica, habilidades inovadoras e perfeita adaptação às duras – e na maioria das vezes péssimas – condições das ruas e estradas do País. A indústria brasileira de implementos havia se tornado conhecida e admirada até mesmo no exterior. À medida que avançava nas conquistas e angariava mais credibilidade, a ANFIR atraía novos associados. A Rodofort, por exemplo, fundada em 2005, associou-se à AN- FIR apenas três anos após sua constituição, em 2008. Aos poucos, as metas foram al- cançadas e depois de cumprida a missão institucional a ANFIR redirecionou sua atuação. Na última década o foco passou a ser segurança, afirma Rinaldi. A entidade de- senvolveu programas e se colocou à disposição para colaborar com os setores públicos no desenvolvimento de produtos e da legislação que tornassem os implementos mais seguros, tanto para os ocupantes dos caminhões quanto para pedestres, ciclistas e os outros veículos. Essa postura proporcionou grandes avanços e aumentou as responsabilidades sociais. Por exemplo, a ANFIR tornou-se mantenedora do Comitê Brasileiro 39 (CB 39), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que cria as terminologias, requisitos, métodos de ensaios e generalidades para o implemento rodoviário brasileiro. Uma parce- ria com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) transformou a ANFIR em canal de inserção do código Renavam dos produtos recém-criados. “Atualmente esse processo é totalmente automatizado, o fabricante não enfren- ta burocracia nem perde tempo”, destaca Rinaldi, salientando que basta preencher o formulário e enviar por e-mail a ANFIR, que fará o registro em poucos segundos.

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