ANFIR | 35anos

ANFIR | 35 anos 33 Com Garcez Outra matéria de destaque da Oretri foi publicada no jornal A Noite em 30 de abril de 1953. Dava conta da visita do governador de São Paulo, o engenheiro Lucas No- gueira Garcez, ao estande da Trivellato na I Exposição Paulista de Autopeças. Com índice de nacionalização de 95%, a indústria orgulhava-se de ser fornecedora das gigantes ame- ricanas da distribuição de gasolina, diesel e querosene Esso Standard do Brasil, Shell- -Mex, Texaco e Atlantic. Seu lançamento na feira era um semirreboque de oito pneus, para 35 toneladas, com carroceria de madeira, 10 metros de comprimento e 2,5 m de lar- gura, 70 centímetros de altura, dotado de moderníssimos freios a ar. Trivellato também se orgulhava de ter entre os clientes empresas do naipe da Camargo Correia Construção e Engenharia, Metalúrgica Matarazzo, Siderúrgica Volta Redonda, Terraplenagem Fama, Rá- pido Rodoviário Gibóia (sic), dentre outras. Outros produtos lançados na feira foram uma caçamba para lixo de 7m³, com pistão de alta pressão e ainda a caçamba para caminhão basculante de 4m³, com pistões telescópicos. Além disso, a Oretri também se orgulhava de ter construído um reboque “carrega tudo” para 50 toneladas, com oito rodas. “Penetra” endinheirado Em 1958, aos 49 anos de idade, Trivellato era um homem rico. Sem ser convida- do ele parte para visitar a fábrica Fruehauf de Long View, Texas, nos Estados Unidos, em busca de tecnologia para refinar seus produtos. Naquela pequenina cidade construída em torno da fábrica, é bem recebido na sua busca de know-how . Buscava a completa nacio- nalização dos seus caminhões e semirreboques tanques, mas queria que cumprissem as rigorosas exigências de qualidade e segurança para transporte de gasolina exigidas pelas grandes petroleiras internacionais instaladas no Brasil, já suas clientes. Um caminhão tanque com gasolina jamais poderia ter qualquer vazamento. – Ele se achava um joão-ninguém brasileiro, mas a Fruehauf já sabia muito bem quem ele era na América do Sul, do seu cacife industrial e potencial para uma possível parceria – conta a filha, segundo quem, nessa viagem, ela – que é fluente em inglês, fran- Festa na fábrica: Ernesto Trivellato, empregados e familiares, 1954 Foto: arquivo da família

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