ANFIR | 35anos

ANFIR | 35 anos 41 “Gostávamos muito do avô, éramos muito ligados a ele, com quem trabalháva- mos desde meninos. Passamos por todas as funções, inclusive almoxarifado. Hoje, se for preciso, o Danilo e eu fabricamos e montamos uma carroceria inteirinha, incluindo mon- tagem, pintura e filetagem. Somos capazes de fazer o processo todinho, porque fazemos isso desde crianças”, revela Francisco, segundo quem o avô só não os deixava trabalhar com solda. Ele conta que em 2008, com Danilo, assumiram definitivamente a empresa. O pai, com problemas de saúde que comprometeram a visão, pendurou definitivamente a chuteira e passou a bola aos dois filhos. “Esta empresa, com seu passado, sua história e a vivência dos que a fizeram, é nosso sonho profissional. Para ampliar as instalações, compramos um lote – aqui era uma plantação de alface – e iniciamos a construção: demorou quase oito anos, pois fomos fazendo aos poucos, com os pés no chão”, disse, explicando que justo na época em que mais preci- savam de produção a economia deu uma brusca freada em 2008, na crise dos subprimes do mercado americano, que se espalhou pelo mundo. Ela coincidiu também com a passagem da Carrocerias Garcia de pequena para média empresa, com todas as complicações inerentes. “A empresa média sofre, pois não consegue oferecer os preços das pequenas, mais desoneradas, principalmente na folha de pagamentos. Tampouco têm caixa e capital de giro das grandes empresas. Além disso, crescer significa organizar, informatizar e es- tar atento aos pequenos vazamentos de gastos, que, somados, acabam resultando num montante considerável.” Para os Garcia, que estrearam as novas instalações em maio de 2013, crescer, mais que um desejo, é uma necessidade. A empresa produz perto de 350 unidades por mês, mas planeja chegar às quinhentas unidades, dentre carrocerias de madeira – seu forte –, metálicas e baús, furgões de alumínio, minicarretas para reboque por carros e carrocerias específicas, com guinchos, pranchas de acesso. “Tínhamos um sonho e o concretizamos. Agora lutamos para que esse sonho não vire pesadelo” – brinca Francisco Garcia, justificando que as necessidades financeiras cres- ceram com as novas instalações e a adequação da produção. “Vamos produzir cada vez mais. Entretanto as coisas também dependerão de uma conjuntura econômica favorável.” Francisco Garcia (à dir.) e o irmão Danilo dividem a direção da empresa Foto: L.A. Michelazzo

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