ANFIR | 35anos
ANFIR | 35 anos 56 “O Acchile era uma pessoa muito séria, muito correta. Foi partigiàno (guerrilheiro que lutou contra a ocupação nazista na Itália, ao final da Segunda Guerra), falava pouco e não suportava desonestidades.” Dona Mercedes conta que Camilo Massari ofereceu ao Biselli 49% de partici- pação, mas que permaneceria com 51%, ou seja, com o controle da empresa. Na época o advogado era o Alfredo Buzaid, que aconselhou Acchile a não aceitar. Acchile era o cappo , o cabeça, de todos os irmãos, embora fosse o penúltimo. Depois dele tinha o padre Antonio Biselli. O mais velho era o Angelo, depois o Cesar e o Bruno Biselli, que acabou se casando com Marlene, irmã de Mercedes: “Levei-a para trabalhar comigo na Massari. Éramos cinco irmãs, a Marlene era a segunda. O Bruno era solteiro, conheceu a Marlene e casamos: duas Nievas com dois Biselli. A Marlene e o Bruno têm nove filhos e 35 netos.” Dona Mercedes conta que teve os filhos um atrás do outro: o Lino foi o primo- gênito (1958), depois veio Marta, Bárbara, Ângela, Marcelo, um por ano. Marta formou-se em veterinária, Bárbara em medicina, Ângela em economia e Marcelo fez direito no Largo São Francisco. Todos estudaram na USP, exceção do Lino que fez engenharia automobilís- tica na FEI. Marcelo morreu precocemente, aos 27 anos, de esclerose múltipla. Os Biselli deixam a Massari Como em 1961 Camilo Massari não quis dividir a empresa meio-a-meio com Acchile, o advogado Buzaid aconselha então que os Biselli abrissem sua própria empre- sa. Naquela altura a fábrica Massari da Via Dutra já estava terminada, mas os Biselli não chegaram a entrar nela. “Começamos a Biselli e muitos dos nossos clientes eram motoristas de cami- nhão, como o Evaristo Comolatti, que se tornou um grande empresário, industrial”, enfa- tiza dona Mercedes , que lembra ainda da Biselli Nordeste, unidade criada praticamente Jantar de celebração com funcionarios da empresa Arquivo da família
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