ANFIR | 35anos

ANFIR | 35 anos 69 da casinha de fundos em que moravam. Seu Riyoishi, sem deixar de trabalhar com o FNM, tornou-se sócio. A empreitada era difícil para a pequena família, que embora pobre, ardia com a tenacidade quase estó- ica que marcou os imigrantes japoneses. Dona Takako varava madrugadas costurando para ajudar a pagar o torno e a solda elétrica. Como os Noma nunca desisti- ram, o negócio tomou impulso. Logo o pai largou o FNM para dedicar-se somente à oficina. A mãe e a irmã aju- davam na administração. Ali o pequeno e ousado João pensou pela pri- meira vez em montar uma indústria. Sonhar grande... E deu o primeiro passo: começou a fabricar suportes para pneu estepe de caminhões. “Fazia em série e ganhava dinheiro com isso”, lembra. O negócio prosperou, os Noma contrataram oito funcionários e a oficina se espalhou pelos terrenos vizi- nhos até atingir 800 m². Ainda assim o espaço não era suficiente e, em 1970, quando João tinha quase 25 anos, a empresa foi transferida para a Avenida Colombo, onde ocupou terreno de 5 mil m² com novo nome: Indústria e Comércio Brasmecânica Ltda. Lá a Noma começou a fabricação de trucks , que é o terceiro-eixo do caminhão. Sonhar grande... Amor à primeira vista No início desses anos 1970 João costumava viajar para Curitiba para vender os terceiros-eixos que fabricava. Era solteiro e tinha 25 anos quando na volta de uma des- sas viagens, na rodoviária velha da Capital – utilizava ônibus para economizar –, viu uma japonesinha muito bonita, acompanhada de uma senhora e de outra jovem que embar- cava para Londrina. ‘‘Bati o olho e gostei.” Decidiu então segui-las para descobrir onde a jovem morava. Mesmo mantendo-se sempre meia quadra atrás, perdeu-a de vista nas cercanias do Teatro Guaíra. “Eu olhava prá lá e prá cá, feito um cachorro perdido e nada”, disse João, que decidiu que, de um modo ou de outro, iria encontrá-la. Como havia perdido o ônibus para Maringá, tomou um táxi para alcançá-lo já na estrada. O jovem empresário retomou seu trabalho na fábrica, mas a menina não lhe saía da cabeça. Não agüentou quinze dias. Caiu na estrada com seu Fuscão 1500 laranja. Amanheceu em Curitiba e foi direto para uma das esquinas do Teatro Guaíra e ali postou- -se com a certeza de que em algum momento a moçoila passaria diante de seus olhos. Dito e feito: 15 minutos depois, viu-a caminhando rumo à padaria. João Noma abordou a mocinha e contou-lhe a história da rodoviária. Confessou seu encantamento e pediu o endereço para que pudesse enviar cartas. Retraída, Regina, a moça, resistiu. Mas só por alguns minutos. da troca de cartas nasceu o namoro. Quase cinco anos depois, em João Noma, o fundador Divulgação Noma

RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=