FENATRAN 2024 - Cummins Brasil apresenta soluções energéticas para a descarbonização do transporte
Empresa lidera a transição energética na América Latina com portfólio diversificado, ao oferecer soluções sustentáveis em gás natural, biometano, propulsão elétrica, etanol e hidrogênio.
Criadora de soluções que movem as indústrias mais exigentes e importantes do País, a Cummins Brasil desempenha um papel crítico na construção e preservação para um futuro sustentável. Nesta Fenatran 2024, a maior feira de transportes de carga e logística da América Latina, a líder em tecnologia de energia destaca o potencial do Brasil como um dos principais atores na descarbonização por meio da produção de energias renováveis, ao promover um completo portfólio diversificado de soluções energéticas. Com foco nas oportunidades da matriz local, as tecnologias da empresa se apresentam alinhadas às vocações do Brasil para o transporte sustentável, com o uso de biocombustíveis, avanço das soluções diesel e a crescente adoção de soluções de mobilidade elétrica.
A matriz energética brasileira tem se tornado cada vez mais renovável, com destaque para o crescimento da biomassa, energia eólica e solar, que atingiram 49,1% da Oferta Interna de Energia (OIE) em 2023, segundo Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional (BEN) de 2024. Esse aumento foi impulsionado principalmente pela expansão da geração de eletricidade a partir dessas fontes. Ao mesmo tempo, a participação de fontes fósseis vem diminuindo gradualmente, refletindo a transição energética.
Este mesmo estudo informa que entre 2014 e 2023, a participação dos derivados da cana de açúcar cresceu de 15,7% para 16,8%, refletindo a expansão do uso da biomassa na matriz brasileira. Já o biometano, proveniente de resíduos de saneamento e do bagaço da cana de açúcar, está em rápida ascensão, com uma previsão de crescimento de 600% até 2029, segundo a Associação Brasileira de Biogás (Abiogás).
“Com posição de destaque do Brasil na agenda de transição energética global, nossa atuação busca catalisar ainda mais o uso de energias renováveis e soluções de menor impacto ambiental. A verdadeira transformação reside em garantir que nossas soluções sejam compatíveis e funcionem em harmonia com o sistema energético brasileiro. Adotamos uma abordagem multienergética, alinhada às vantagens competitivas locais, para impulsionar a economia e expandir a infraestrutura necessária para sustentar essa transição”, afirma Adriano Rishi (foto), presidente da Cummins Brasil.
Com atuação global, a Cummins investiu significativamente, ao destinar um recorde de cerca de R$ 7,8 bilhões em pesquisa e desenvolvimento em 2023. No Brasil, os investimentos giram em torno de R$ 50 milhões anualmente e a empresa conta com uma equipe de engenharia, composta por cerca de 130 profissionais, capacitada para fornecer soluções personalizadas aos clientes.
O Centro Técnico Brasil da Cummins, localizado em Guarulhos (SP), posicionou-se no cenário global, ao abrir suas portas para serviços externos ao receber solicitações de desenvolvimento de outros países. Com investimentos que ultrapassam R$ 8,8 milhões, o laboratório se tornará habilitado e reconhecido até o fim de janeiro de 2025 pelos órgãos reguladores dos Estados Unidos, como IPA e CARB, destacando-se como uma referência na América Latina ao atuar como um hub de inovação e desenvolvimento tecnológico na região.
“Neste ano, completamos 53 anos de atuação no mercado brasileiro, cujo destaque é a importância dos nossos investimentos locais para atender às indústrias. Nossa missão é garantir que os equipamentos funcionem de maneira que faça sentido econômico e ambiental”, como reforça Rishi. “Além disso, estamos ampliando nossa capacidade de incluir sistemas de propulsão completos para apoiar também os nossos clientes em sua jornada de descarbonização, independente do caminho escolhido”.
De gigante em motores a líder em soluções diversificadas de trem de força - Projetos inovadores, como a plataforma de motores HELM™, conectam as tecnologias atuais às do futuro, marcadas por soluções zero emissão da Accelera by Cummins, enquanto as tecnologias já implementadas continuam a evoluir para atender às demandas atuais do setor. “A nossa proposta para esta Fenatran transitará por tecnologias diversificadas do atual cenário e do futuro, baseadas na necessidade global mais urgente que é a descarbonização”, reforça o presidente.
HELM™ - Em um cenário no qual as inovações em eletrificação e células de combustível avançam, a infraestrutura adequada é imprescindível para suportar essas tecnologias. "Não podemos esperar 20 ou 30 anos para iniciar a descarbonização. Como solução para conectar o presente às inovações do futuro, a plataforma HELM™ se apresenta como uma tecnologia inovadora para essa transição crucial”, afirma Rishi.
Destaque nesta edição da Fenatran, a plataforma de motores HELM™ - Higher Efficiency Lower Emissions Multiple Fuels (Maior Eficiência, Menos Emissões e Múltiplos Combustíveis) diferencia-se pela flexibilização em atender às necessidades específicas dos clientes e às demandas locais ao operar com diversas propostas de combustíveis. A plataforma HELM™ será exibida na versão X15L, incluindo três cabeçotes que operam com diesel, gás natural e hidrogênio. Embora visualmente as inovações possam parecer semelhantes, é nesse sistema (cabeçote) que as diferenças ocorrem devido à variação das tecnologias de injeção de combustível. Além da versão 15 litros, as plataformas Cummins HELM™ incluem as versões B 6.7 e X10.
Versátil, a plataforma HELM™ no mercado brasileiro também pode operar com diferentes blends de biodiesel, biocombustíveis, HVO, gás natural, gasolina e até o hidrogênio, este último sendo posicionado no topo da cadeia. Para o Brasil, a Cummins considera fundamental uma plataforma de motores a combustão interna capaz de utilizar uma variedade de biocombustíveis, como biogás e etanol.
Accelera by Cummins - Em 2023, a Accelera by Cummins, marca zero emissão, foi lançada globalmente como forma de acelerar os esforços da empresa para alcançar a estratégia de Destino ao Zero, com foco na evolução das tecnologias zero emissão. Atualmente, o portfólio da Accelera by Cummins inclui células de combustível, baterias, eixos elétricos, sistemas de tração e eletrolisadores para produção do hidrogênio verde.
Para esta Fenatran 2024, a Accelera by Cummins também traz novidades para o mercado brasileiro com o lançamento da nova geração do e-powertrain 14Xe e a célula de combustível HyPM™ HD44, que reforça a aposta no hidrogênio como vetor energético do futuro. Com essas tecnologias, a Cummins oferece uma visão de longo prazo, integrando soluções que permitem a eletrificação e o uso de combustíveis limpos de maneira eficiente e competitiva.
A nova geração do 14Xe traz avanços significativos em relação ao seu antecessor, como aumento da eficiência energética, maior torque e potência, além de recursos avançados em segurança funcional e cibersegurança. O 14Xe integra sistemas que monitoram continuamente o desempenho de componentes críticos, permitindo a detecção precoce de falhas. Simultaneamente, suas funcionalidades de cibersegurança protegem as informações trocadas entre o eixo e outros sistemas do veículo, garantindo a integridade e a proteção contra ataques cibernéticos. Equipado com inversor de alta potência ELFA 3 V3.2, otimizando o desempenho para caminhões com Peso Bruto Total (PBT) entre 12t e 24t, o novo eixo elétrico traz faixa de potência contínua de 130 kW, 150kW, 180kW e 230 kW, e potência de pico de 290 kW.
Já o conceito da célula de combustível HyPM™ HD44, de 45 kW, reforça o uso do hidrogênio verde para geração da eletricidade por meio de uma reação com o oxigênio que, por sua vez, é responsável por carregar as baterias do veículo, alimentando o motor de tração elétrico. Além do HyPM™ HD44, o portfólio de célula de combustível da Accelera by Cummins inclui a nova geração dos sistemas FCE300 e FCE150 recém-lançados globalmente, que oferecem maior densidade de potência e eficiência.
Inovações para o agora - A Cummins Brasil destaca suas inovações tecnológicas em seu estande, com o motor de 4 cilindros F 4.5, com a maior densidade de potência no mercado brasileiro. O motor será equipado com o sistema de pós-tratamento Single Module, que atende às regulamentações Euro VI / Proconve P7. O Cummins Single Module é composto por quatro componentes principais: o Catalisador de Oxidação de Partículas (DOC), o Filtro de Particulado Derivado do Diesel (DPF), o Misturador de Gases e Partículas de Ureia (Mixer) e o Catalisador de Redução de NOx (SCR). Essa configuração modular facilita a manutenção, ao contrário de sistemas concorrentes, frequentemente mais complexos e onerosos. Além disso, o sistema é compacto e leve, apresentando 60% menos volume e 40% menos peso do que soluções equivalentes, otimizando ainda mais os projetos dos clientes.
Outra inovação a ser apresentada é o eixo nacional de simples velocidade MS-18X HD, projetado para suportar até 58,5 toneladas de Peso Bruto Total Combinado (PBTC). Desenvolvido pela equipe de engenharia da Cummins, o eixo atende às novas regulamentações do Conselho Nacional de Trânsito, com um design aprimorado que aumenta a capacidade de carga em 11% em comparação com o modelo anterior.
Soluções de combustíveis alternativos para o transporte brasileiro - A Cummins ainda expande seu portfólio de soluções a gás ao promover os novos motores B6.7N e M15N, alinhada às vocações brasileiras para o uso de combustíveis renováveis. Essas novas opções, prontas para operar também com biometano, são ideais para aplicações como caminhões de lixo, ônibus e transporte pesado, oferecendo uma alternativa de baixo carbono com alta eficiência. O B6.7N possui potência de 190 a 280 hp, enquanto o M15N, o mais potente motor a gás do mercado brasileiro, entrega até 523 hp, recomendável para caminhões de cana de açúcar e outras aplicações de grande porte.
O etanol também integra portfólio da Cummins. A líder em tecnologia anunciou no segundo trimestre deste ano a motorização eletrônica QSB7 a etanol, combustível estratégico para o Brasil, equipado em um grupo gerador. Esta motorização, em testes promovidos pela equipe de engenharia brasileira e pelo Centro Técnico Brasil, compartilha os componentes da versão a gás natural, ciclo Otto. A Cummins estima que o equipamento com motor QSB7 a etanol ofereça potência semelhante à versão a diesel.
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