Por André Pimenta, CEO da Motz*
As cargas a granel são os produtos em seu estado natural e bruto armazenados e transportados em grandes quantidades. Ao contrário de outros tipos de mercadorias, esses mantimentos não são contados em unidades e, por isso, transportados sem embalagem individual, em contêineres e caminhões específicos.
As mercadorias sólidas mais comuns no Brasil são de origem agrícola: grãos, sementes, frutas, legumes e vegetais, além de madeiras, areia, pedras, ferros, etc. Esses tipos de transporte são essenciais para a economia do país.
O transporte de carga a granel no Brasil - O modal rodoviário é a principal forma de movimentação de produtos no Brasil, desempenhando um papel fundamental na economia. De acordo com a Secretaria Nacional de Trânsito, as rodovias são responsáveis por deslocar 75% de todas as mercadorias do país. E muitas dessas consistem em carga a granel, especialmente no setor agrícola.
O Brasil também é, atualmente, o 4º maior produtor de grãos do mundo, conforme informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, o que tem parte significativa na demanda de logística de carga a granel no país.
No caso de produtos sólidos a granel, o primeiro passo é saber qual o veículo ideal para cada tipo de transporte. Uma vez selecionado o caminhão específico para aquela ocasião, o segundo passo para garantir a segurança do transporte é a pesagem correta, de modo a evitar o excesso de peso em apenas um dos lados, o que pode levar a desperdícios e até mesmo tombamentos e acidentes.
Cuidados com a vedação - Fazer a vedação correta também é fundamental para o transporte seguro de carga a granel, a própria lona deve cumprir certos requisitos, como por exemplo:
- Possibilitar o enlonamento de forma manual, mecânico ou automático;
- Garantir que a lona esteja bem ancorada à carroceria do caminhão;
- Cobrir totalmente o material transportado;
- Manter a lona em bom estado de conservação para não derramar a mercadoria.
Os tipos de caminhões para cada transporte - Lembre-se de selecionar sempre o veículo certo para cada tipo de produto: podem ser utilizados caminhões truck, com carroceria basculante, carretas e as próprias graneleiras, que são um modelo de carreta, mas com grades altas que permitem a acomodação dos produtos a granel com maior facilidade.
- Caminhão basculante - Além da sua função essencial para a retirada de entulhos em obras, este tipo de caminhão também é bastante utilizado para o transporte de areia, brita, cimento etc. A carroceria basculante pode ser levantada de modo a despejar o material com mais facilidade e no local correto. Entre os tipos de basculantes encontram-se o toco (semi pesado), truck (pesado), e o bitruck.
- Caminhão grade baixa e graneleiro - Estes modelos são utilizados, respectivamente, para o transporte de cimento (ensacado e paletizado) e matéria-prima a granel (argila, gesso, calcário, escória siderúrgica e grãos dos mais variados tipos). O graneleiro, lembrando, possui grades laterais altas que facilitam o armazenamento do produto.
Planejamento e documentação - Por fim, se planeje com antecedência, tenha suas rotas e itinerários definidos e considere os tempos e movimentos de carregamento e descarga para evitar possíveis problemas e imprevistos. Tenha sempre a documentação correta.
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Por Fernando Fuertes, Engenheiro e Desenvolvedor de Novos Negócios da Acro Cabos
A amarração, elevação e movimentação de cargas são processos relevantes para a operacionalização de diversas atividades econômicas, como construção civil, logística e transporte, operações portuárias, mineração e indústria, entre muitas outras. A maior parte desse trabalho está relacionado ao içamento e deslocamento de grandes volumes das mais variadas formas e dimensões.
Este é um contexto que traz uma série de riscos tanto à integridade física das pessoas que atuam nestas operações, quanto à integridade das cargas movimentadas – e até mesmo dos equipamentos utilizados. Mitigar esses riscos e garantir a segurança de todos os envolvidos, preservando a saúde e evitando atrasos e prejuízos, é uma constante necessidade desta atividade.
Por isso, é sempre importante reforçar o tema da segurança, discutindo seus muitos aspectos. A seguir, vou apresentar quais são os principais riscos envolvendo a movimentação de cargas e como é possível mitigá-los.
Riscos de dimensionamento - Peso, dimensões e geometria são fatores que precisam ser avaliados no planejamento de movimentação de uma carga. A ausência de um dimensionamento correto pode trazer riscos de equilíbrio, afetando não apenas o içamento, mas também o equipamento utilizado na movimentação, com riscos envolvendo obstáculos presentes na área e até mesmo ao local para onde a carga está sendo deslocada.
Esse risco pode ser mitigado com uma checagem das informações técnicas sobre a carga, realizando um dimensionamento correto, que avalia não apenas as medidas, mas também o seu centro de gravidade.
Tombamento do veículo transportador - Na movimentação de grandes de volumes e peso elevado, o equilíbrio e a estabilidade dos equipamentos são pontos fundamentais.
Além do dimensionamento da carga, as condições de posicionamento dos equipamentos de elevação devem ser avaliadas. Isso inclui o terreno no qual está instalado, que pode não ser estável o suficiente, seja pela estrutura do piso, seja pala falta de compactação do solo e até por influência de fatores climáticos, como excesso de chuva e ventos fortes.
Mitigar esse risco demanda estudo das estruturas nas quais os equipamentos estão instalados, avaliação das condições do solo e do piso, além de atenção a outros fatores que podem gerar instabilidade na base de fixação.
Rompimento de pontos de pega - Os pontos de pega são os locais posicionados na carga onde serão colocados os ganchos, laços e cabos para que seja feito o içamento. Eles são preparados e adaptados para receberem ganchos ou servirem de pontos de amarração. Os riscos que trazem estão relacionados ao planejamento em relação ao posicionamento correto de cada um deles a partir das dimensões, peso e centro de gravidade do objeto a ser elevado.
Muitos fatores podem levar ao rompimento desses pontos, sejam eles estruturais em relação ao material no qual estão afixados, seja por mal dimensionamento de sua capacidade de suportar o peso ou mesmo a dinâmica da movimentação.
Esse é um risco que para ser mitigado requer conhecimento prévio das características da carga, de seu material e equilíbrio, além do melhor posicionamento para fixação dos pontos de pega.
Rompimento de cabo ou cinta - Cabos e cintas são materiais indispensáveis no processo de elevação e movimentação de cargas e devem ser os pontos de maior atenção em cada operação. O subdimensionamento da capacidade do cabo ou da cinta tende a ser o principal risco para esse material, seguido de manutenção inadequada, uso fora das especificações e falta inspeções regulares.
Em cabos e cintas, a fadiga é um processo natural que pode ser retardado ou acelerado de acordo com as formas de uso. Quando as normas e especificações são seguidas corretamente, a vida útil desse material tende a ser estendida. Isso requer inspeções regulares, que podem ser visuais ou com equipamentos eletromagnéticos, dependendo das características de uso e do material de fabricação.
Mitigar esse risco depende de protocolos de segurança para regularizar inspeções, avaliar dimensionamentos e aplicações, além de contar com materiais de qualidade certificada.
Estes são alguns dos principais riscos que a movimentação de carga pode oferecer e que para serem mitigados é preciso, acima tudo, contar com profissionais qualificados para avaliar todas as variáveis que podem existir em uma operação. Porém, pessoas qualificadas precisam atuar com autonomia nas decisões e estarem inseridas em um ambiente que fomente uma cultura de segurança, com processos bem estabelecidos e respeito inegociável às normas.
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Por Patrícia Gomes, diretora de marketing e growth da Edenred Mobilidade
O Brasil se prepara para implementar uma série de estratégias sustentáveis e inovadoras que prometem transformar o cenário da mobilidade no País e revolucionar o transporte brasileiro até 2030. Esse é o prazo dado pela ONU, na Agenda 2030, para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que visam erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir prosperidade para todas as pessoas.
No Brasil, o Mover 2030 (Mobilidade Verde e Inovação) é um programa do Governo Federal, desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que estabelece diretrizes para a indústria automotiva que incentivam o desenvolvimento tecnológico, a competitividade e a sustentabilidade ambiental. Entre as iniciativas, o programa promove o aumento de investimentos em eficiência energética, com limites mínimos de reciclagem na fabricação de automóveis e diminuição de impostos para empresas menos poluentes.
Uma das principais metas do programa é a incorporação de tecnologias avançadas, que incentivem uma mobilidade mais limpa e eficiente, nos automóveis brasileiros. Entre as inovações esperadas, destacam-se os veículos autônomos, que utilizam sistemas de inteligência artificial e sensores avançados para navegar e operar sem intervenção humana, e a eletromobilidade, que prevê que até 2030 entre 10% e 30% dos novos veículos vendidos sejam elétricos ou híbridos. Para isso, são esperados a expansão da infraestrutura de recarga e incentivos governamentais para fomentar a adoção desses veículos. Além disso, a integração de tecnologias de Internet das Coisas (IoT) permitirá uma gestão mais eficiente das frotas, otimizando rotas e reduzindo o consumo de combustível.
Para pensar o futuro da mobilidade, no entanto, é essencial entender a diferença entre tendências e ondas, pois cada uma dessas categorias representa diferentes níveis de impacto e longevidade no cenário da mobilidade.
As tendências são mudanças de longo prazo que apontam para uma direção clara e contínua, como a crescente adoção de veículos elétricos e híbridos que acontece no Brasil, sustentada pela conscientização ambiental crescente, por avanços tecnológicos e por políticas governamentais de incentivo à redução das emissões de carbono. Já as ondas são mudanças que ganham força rapidamente e nos mostram oportunidades emergentes com potencial de transformar o mercado, sem apresentar grande durabilidade. Um exemplo é o aumento do uso de aplicativos de transporte compartilhado, que alteraram radicalmente a maneira como pensamos a mobilidade urbana e a forma como nos deslocamos na cidade.
É importante pensarmos que o futuro da mobilidade vai além dos veículos elétricos e modais menos poluentes. Ele passa por uma visão estratégica que abrange escolhas conscientes visando um progresso sustentável e perene dos negócios. Por isso, a transformação digital não é só uma tendência, mas uma necessidade para enfrentar os desafios da mobilidade moderna. Na visão de longo prazo, também contamos com o uso de tecnologias avançadas, junto à inteligência de dados, para reduzir as emissões globais de carbono, uma vez que sabemos que 20% do CO2eq (dióxido de carbono equivalente) emitido na atmosfera é proveniente do transporte.
O futuro da mobilidade não é uma especulação distante, mas sim uma jornada que já começou. E a transição para veículos elétricos e híbridos, a digitalização e automação dos processos de gestão de frotas, além da adoção de tecnologias sustentáveis, são apenas algumas das mudanças que estão redefinindo a forma como nos movemos. O futuro da mobilidade passa também por mudanças de mentalidade. Esse é o caso do Move for Good, programa de sustentabilidade da Edenred, que completou dois anos e está em linha com o compromisso do Grupo de reduzir suas emissões e alcançar o carbono net zero (equilíbrio entre a quantidade de gases de efeito estufa emitida e a quantidade removida da atmosfera, chegando o mais próximo possível ao zero) até 2050. O programa consiste em três pilares: Mensurar & Reduzir, que visa impulsionar a gestão das emissões e a adoção de melhores práticas para descarbonização de frotas; Compensar & Preservar, que tem como objetivo compensar as emissões de gases de efeito estufa que não puderam ser reduzidas ou evitadas por meio de projetos certificados e apoiar a preservação da biodiversidade; e Conscientizar, que incentiva uma cultura que promova a mobilidade sustentável impulsionando a transformação do comportamento.
Com a Agenda 2030 da ONU e o programa Mover 2030 no Brasil estabelecendo diretrizes e incentivos para um futuro mais verde, as empresas têm expectativas claras sobre os próximos anos da mobilidade, promovendo a redução de custos e emissões de CO2e (dióxido de carbono equivalente), além de facilitar a gestão de frotas, para transformar o futuro da mobilidade no Brasil em uma realidade concreta, que incentiva práticas sustentáveis benéficas tanto às empresas, às pessoas, e ao meio ambiente.
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Por Ademir Odoricio, diretor da área de Veículos Comerciais da Rodobens
No setor de transporte rodoviário, os motoristas de caminhões desempenham um papel essencial, como um dos principais pilares também da economia. Com o cenário atual, a rotina desses profissionais também tem passado por mudanças com os desafios de novas tecnologias e gestão do tempo, além de gargalos ainda antigos, como a necessidade de melhorias em toda a infraestrutura. Esses fatores combinados acarretam impactos não só no cotidiano dos caminhoneiros, como em sua qualidade de vida.
As longas jornadas e o cuidado com a saúde podem ter efeitos significativos para o bem-estar dos motoristas. Um exemplo disso é o estudo da Associação Brasileira da Medicina de Tráfego (Abramet), que mostrou que cerca de 170 mil sinistros de trânsito registrados em rodovias brasileiras no ano de 2022 tiveram como causa principal ou secundária questões relacionadas à condição de saúde dos motoristas, no momento da ocorrência. Um dado alarmante e que nos volta como um ponto de atenção na redução desses números.
Para diminuir esses riscos e evitar o desgaste dos condutores, as empresas do setor e concessionárias de rodovias podem, e devem, exercer um papel de satisfação dos motoristas também em relação a esse cuidado físico e mental. Isso reflete no oferecimento de serviços de apoio que os acompanhe desde o suporte de equipamentos adequados, com soluções modernas também nos veículos, até mesmo a disponibilização de espaços de convivência, descanso, cuidados com a saúde e higiene.
As companhias também podem contribuir com a valorização do profissional no cuidado com treinamentos especializados, tanto para casos de emergência, quanto para a manutenção de viagens mais seguras e agradáveis, evitando situações que possam colocar o bem-estar, e até mesmo a vida, dos profissionais em risco.
Toda essa cautela e preocupação com os motoristas se traduzem em um serviço de atenção ao cliente mais eficiente, seguro e confiável, no qual cada uma das empresas que atuam em diferentes instâncias do transporte podem proporcionar uma satisfação ainda maior aos seus clientes, tendo um olhar atento às suas necessidades.
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Por Thiago Cardoso, Diretor de Agronegócio da nstech
O Brasil se configura como um dos principais players do mercado quando se fala de produção e exportação de carne. No que diz respeito à produção de carne bovina, o país é o segundo maior produtor mundial, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Já em relação às exportações, o Brasil é líder em exportação de carne bovina e de carne de frango. Além disso, a tendência é de crescimento na produção, comercialização interna e, principalmente, exportação.
No mês de maio de 2024, segundo a Forbes Agro, o país registrou crescimento de 25,85% em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), esse foi o segundo mês consecutivo de recorde no volume exportado.
Com indicativos de crescimento desse mercado no comércio interno e externo, o transporte de frigorificados precisa ser eficiente e ágil. Além do grande volume de cargas movimentadas, as transportadoras devem oferecer um alto nível de serviço para garantir a qualidade dos produtos.
A frota de veículos frigorificados no Brasil representa apenas 3,2% do total de caminhões em circulação. Então, como atender as exigências no transporte de refrigerados e agregar valor ao serviço e produto?
Importância do transporte frigorificado - O transporte é um dos grandes responsáveis pela manutenção da qualidade da mercadoria, segurança alimentar, disponibilidade de produtos e redução de perdas.
Em um país continental como o Brasil são os caminhões que conectam produtores às operações de abate e desossa, aos centros de distribuição, supermercados, feiras e consumidores finais.
Também é o modal rodoviário que garante o escoamento da produção nacional para o mercado externo, fazendo com que as cargas conteinerizadas cheguem até os portos.
Desafios e principais riscos no transporte de frigorificados - O transporte de carnes, laticínios, frutas, verduras e tantos outros itens perecíveis enfrenta desafios em um país do tamanho do Brasil e com temperaturas tão variáveis.
As transportadoras atuantes nesse transporte precisam ficar atentas aos principais riscos das operações frigorificadas.
- Problemas na refrigeração - Interrupções na refrigeração durante o transporte, seja por falhas no equipamento, portas abertas ou outros fatores, deixam a carga sujeita à deterioração e à proliferação de microrganismos.
Além dos riscos de transmissão de doenças no caso de ingestão de alimentos perecíveis mal transportados e mal conservados, fazer entregas de produtos avariados aumenta o número de devoluções e compromete a imagem das marcas. - Acidentes e danos - Colisões e tombamentos não danificam apenas os veículos, mas provocam avarias à carga e perda de produtos, causando prejuízos às empresas. Além disso, cargas sinistradas podem tornar os produtos impróprios para o consumo.
Assim como os investimentos na prevenção de acidentes em operações com frigorificados, a movimentação dos produtos, o carregamento e o descarregamento também exigem atenção. - Atrasos e falhas na entrega - Congestionamentos, obras nas estradas, condições climáticas e restrições ao tráfego comprometem os prazos de entrega. No caso da cadeia fria, esse é um problema ainda mais grave, já que as cargas não podem ficar muito tempo paradas.
Entregas erradas ou com atraso são outro risco à qualidade dos produtos perecíveis e geram custos adicionais às empresas. - Roubo e furto de cargas - Roubos e furtos preocupam o setor logístico no Brasil, principalmente no Sudeste. As cargas alimentícias destacam-se entre as cargas mais visadas para roubo, sendo assim, viagens sem monitoramento, por rotas perigosas e sem rigor no rastreamento das cargas deixam o serviço de transporte vulnerável.
Os roubos não causam apenas perdas financeiras, mas abalam a confiança dos clientes e colocam em risco a saúde e a segurança alimentar dos consumidores. - Condições climáticas - Temperaturas muito baixas ou muito altas podem interferir na qualidade dos produtos refrigerados. E o Brasil, por sua dimensão continental, tem todas as variáveis possíveis no clima em um só dia, dependendo da região de onde a carga saiu e para onde é destinada.
Mais do que nunca, as transportadoras brasileiras precisam contar com dispositivos de monitoramento de temperatura, com alertas em caso de desvios e anomalias.
As condições climáticas – como chuvas e inundações, por exemplo – também aumentam o risco de acidentes e, como sabemos, acidentes danificam a carga, atrasam as entregas e impactam na qualidade dos produtos.
5 dicas para otimizar o transporte de frigorificados e reduzir prejuízos - Otimizar o transporte de produtos frigorificados e reduzir prejuízos é essencial para a logística de frigorificados, mas para ter operações bem-sucedidas são necessárias algumas estratégias:
- Planeje e organize todas as etapas da operação de transporte - O sucesso do transporte de frigorificados requer a análise das demandas, o cumprimento da legislação específica para esse tipo de carga, a identificação das melhores rotas e a automatização dos processos para agilizar o carregamento e a entrega.
Equipes treinadas e investimentos em sistemas de roteirização, consolidação inteligente das cargas, rastreamento e monitoramento em tempo real são fatores cruciais. - Mantenha frotas bem equipadas e com manutenção preventiva - Fazer o transporte de frigorificados exige veículos em excelente estado de conservação e bons planos de manutenção preventiva, com tecnologia de refrigeração de última geração e sensores de temperatura, umidade e ventilação.
O controle de temperatura das cargas é essencial e precisa ser feito durante toda a viagem para facilitar a identificação de problemas e evitar a perda da carga.
Junto com os sistemas de rastreamento dos produtos, investir no monitoramento com visibilidade end do end é a saída. A tecnologia ajuda a localizar os veículos, acompanhar as viagens e evitar atrasos. - Aprimore a gestão de processos - Não há dúvidas de que a automação e a integração dos processos logísticos facilitam o transporte de cargas. No caso da cadeia fria, essas medidas são ainda mais importantes.
Para fazer o transporte eficiente de produtos frigorificados, capacite os profissionais envolvidos, padronize os procedimentos de carregamento, descarga e entrega, faça a gestão dos pátios e das frotas, implemente sistemas de controle de temperatura e mantenha canais eficientes de comunicação com todos os envolvidos. - Faça o gerenciamento dos riscos e evite perdas - Acidentes, roubos, avarias à carga e perda da qualidade das mercadorias são grandes desafios para o transporte de frigorificados. Por isso, o gerenciamento dos riscos não pode ser subestimado.
Além de identificar os gargalos envolvidos neste tipo de transporte e traçar um plano eficiente para o gerenciamento dos riscos, a segurança da operação envolve outras medidas como contratação de profissionais por meio de serviços de cadastro e consulta de motoristas e veículos; planos de manutenção preventiva da frota; treinamento dos profissionais e monitoramento das viagens em tempo real. - Integre os sistemas e mantenha planos de contingência atualizados - No transporte de frigorificados é necessário estabelecer procedimentos claros e detalhados para lidar com uma emergência. Por mais eficiente que seja a operação, as cargas da cadeia fria são vulneráveis e as viagens, sujeitas a imprevistos.
Integrar todos os sistemas para ter 100% de visibilidade operacional e manter comunicação eficaz é o primeiro passo, mas não se esqueça de atualizar os planos de contingência e, mais do que isso, treinar os envolvidos.
Como a tecnologia melhora o transporte de frigorificados - A tecnologia faz toda a diferença na redução de prejuízos no transporte de frigorificados.
- Sensores IoT: monitoram continuamente a temperatura, umidade, ventilação e outros parâmetros críticos para a conservação dos produtos. Os dados são enviados à central em tempo real.
- Inteligência artificial: analisa os dados e gera alertas em caso de anomalias (variações de temperatura ou falhas nos equipamentos). Assim, garante que medidas corretivas sejam tomadas a tempo para evitar perdas.
- Algoritmos inteligentes: ajudam na escolha de rotas adequadas, considerando fatores como tempo de viagem, distâncias, condições climáticas, estado das vias e tráfego.
- Torre de Controle: garante a rastreabilidade completa da carga com inteligência para o monitoramento em tempo real nas variações de temperatura, observando assim os desvios dos parâmetros aceitáveis de temperatura por tipo de produto, aumentando a transparência na cadeia de frio e reduzindo o risco de fraudes
- Softwares de gestão: melhoram a gestão de transporte, das frotas e dos pátios, integram e automatizam processos, ajudam no controle de custos e de gastos com combustíveis etc.
Melhorar a produtividade, a segurança e a eficiência, reduzir custos e evitar prejuízos no transporte de frigorificados é possível para quem aposta em planejamento, investe em treinamento e utiliza toda a tecnologia disponível a favor de entregas perfeitas.
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