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MBCB divulga estudo inédito que mostra potencial do país em atuar como protagonista da transição energética nos transportes

O Brasil dá um passo significativo em direção à mobilidade sustentável com a formação do Acordo de Cooperação Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil (MBCB). A iniciativa busca impulsionar a transição energética limpa, economicamente viável e socialmente responsável do setor de transportes do Brasil, respeitando a neutralidade tecnológica e estimulando a neoindustrialização.

O MBCB é um esforço conjunto que reúne as principais montadoras do país, empresas do setor sucroenergético e de biogás, indústrias de autopeças, pós-venda, associações de tecnologia e engenharia, e sindicatos de trabalhadores. O objetivo do grupo é aumentar a conscientização e apoiar o desenvolvimento de políticas públicas que promovam a redução de emissões de carbono de veículos leves e pesados - carros de passeio, comerciais leves, ônibus, caminhões e máquinas agrícolas – e contribuam para o desenvolvimento socioeconômico do país. "O MBCB tem um grande mérito em reunir diversos atores da cadeia da mobilidade em prol da descarbonização dos transportes com foco muito claro em promover todas as tecnologias disponíveis”, afirma Priscilla Cortezze, CMO do MBCB.

Para aprofundar as discussões em torno do tema, o MBCB encomendou Estudo inédito da LCA Consultores e MTempo Capital intitulado ‘Trajetórias Tecnológicas mais Eficientes para a Descarbonização da Mobilidade’, que aponta o potencial do Brasil em se tornar protagonista na transição para um setor de transporte com menor emissão de carbono, incentivando o uso de soluções limpas disponíveis e considerando tecnologias renováveis emergentes, ao mesmo tempo em que deixa claro o impacto socioeconômico da transição energética.

Rotas tecnológicas
O levantamento partiu de três diferentes cenários para a eletrificação da frota veicular brasileira: o status quo (cenário de controle), onde não há mudanças estruturais na configuração atual dos carros, e outros dois cenários em que há uma convergência para o padrão global de eletrificação, um com ênfase nos veículos híbridos (HEV) e outro cenário com a prevalência dos veículos elétricos puros (BEV). A partir dessas premissas, foram estabelecidas hipóteses que permitiram projetara composição da frota nos anos de referência e fornecer uma base para se compreender os possíveis caminhos de eletrificação da frota e seus resultados em termos das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e dos impactos associados na indústria, economia, geração de empregos e renda.

Sendo assim, a comparação da evolução do cenário automotivo até 2050 revelou descobertas surpreendentes. Analisando a convergência global em direção aos veículos híbridos e elétricos, os resultados mostram que os veículos híbridos emergem como líderes em termos de impacto econômico positivo. Os cenários indicam que os veículos híbridos (HEV) não apenas superam os elétricos (BEV)em termos de produção, Produto Interno Bruto (PIB), empregos e impostos gerados, prevendo um aumento significativo de 1.062.947 trabalhadores no setor de transporte e projeção de aumento no PIB da ordem de R$ 877 bilhões em relação ao cenário de controle (Status Quo).

“Os resultados do estudo indicam que o cenário com predominância de veículos híbridos, além de propiciar redução expressiva das emissões de gases de efeito estufa, tende a impulsionar a economia brasileira e promover a criação de empregos de forma mais dinâmica, em comparação com os demais cenários, pois se preservam os elos da cadeia produtiva e se acrescentam novas tecnologias. O levantamento não pretende indicar rotas “vencedoras”, respeita as estratégias das empresas e as preferências dos consumidores e almeja que todas as alternativas de descarbonização da mobilidade sejam competitivas e possam conciliar sustentabilidade ambiental, social e econômica”, assinala o professor Luciano Coutinho, sócio da MTempo Capital.

As análises apontam que, se prevalecerem os veículos 100% elétricos, é possível que haja perdas consideráveis para a economia brasileira, visto que estes veículos demandam um volume menor de partes e peças a serem produzidas. Por outro lado, esses carros irão depender da importação de componentes estratégicos para as baterias (células à base de lítio e outros minerais), cuja produção está fortemente concentrada em poucos países, em plantas industriais de elevada escala produtiva e fortemente apoiadas pelos respectivos governos locais.

“Não há sinais claros de que o Brasil possa ser receptor de investimentos para a produção local de células de bateria, o 'coração' dos veículos elétricos e componente de maior valor adicionado; a falta de escala e ausência de incentivos, relativamente ao que existe em diversos países desenvolvidos, são fatores que afastam do país estes investimentos a curto e médio prazos. A dificuldade em definir qual rota tecnológica se mostrará mais competitiva para as baterias, em momento de grandes inovações disruptivas, também atrapalha decisões de investimento fora dos grandes centros globais de pesquisa, desenvolvimento e inovação”, ressalta Fernando Camargo, sócio-diretor da LCA Consultores.

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Fonte: LCA Consultores

 

Uma análise comparativa das emissões de veículos leves e pesados revela diferenças significativas. Enquanto os leves, que respondem por cerca de 94% da frota nacional, já incorporam tecnologias de baixo carbono, como o uso de etanol, a descarbonização dos veículos pesados torna-se uma prioridade urgente. Com cerca de 6% da frota, os pesados são responsáveis por cerca de 57% das emissões de gases de efeito estufa (GEE).

Neste sentido, é necessário incentivar e acelerar a introdução de tecnologias alternativas – como veículos elétricos à bateria para caminhões leves/médios que percorrem curtas distâncias e motores movidos a biodiesel, gás ou hidrogênio de baixa emissão para caminhões mais pesados. Diante desse cenário, políticas públicas direcionadas à renovação da frota e à promoção de tecnologias mais limpas são essenciais para mitigar os impactos ambientais do setor de transporte.

“Este é um passo crucial em direção a uma mobilidade sustentável e inovadora para o Brasil. Estamos empenhados em impulsionar a transição para tecnologias de baixo carbono, protegendo o meio ambiente e fomentando o emprego e a renda”, destaca Aroaldo Oliveira da Silva, Presidente da IndustriALL-Brasil e membro do Conselho do MBCB.

Métrica da descarbonização: ciclo de vida
O debate em torno da descarbonização do transporte no Brasil passa por uma discussão complexa sobre as etapas do ciclo de vida dos veículos consideradas na apuração das emissões de carbono. A metodologia atualmente adotada no Brasil, denominada de ´poço à roda´, considera as emissões de CO2 na produção dos combustíveis e no uso do veículo nas ruas. A literatura internacional especializada recomenda a medida de emissões no ciclo de vida completo dos veículos compreendendo, além do seu uso, todas as etapas de produção e de suas partes e peças, incluindo as etapas de extração e beneficiamento de minérios; a produção dos combustíveis e o descarte apropriado dos veículos e baterias, resultando em uma medida chamada de ‘berço ao túmulo’. O estudo traz em suas simulações, além das medidas do ‘poço à roda’, medidas de emissão com base no ciclo do ´berço à roda´, incorporando as etapas de produção, conforme figura abaixo.

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Fonte: UNICA com edição LCA Consultores

 

Sob esta última perspectiva, mais ampla, os veículos híbridos surgem como uma solução ambientalmente favorável, especialmente se alimentados exclusivamente com etanol. Além disso, uma das simulações do estudo mostra que o aumento progressivo do fator de uso de biocombustíveis em substituição aos fósseis em cerca de 26 pontos percentuais (de cerca de 38% para 64% de 2030 a 2050) poderia equiparar as emissões globais do cenário convergência global-híbridos às do cenário 100% elétricos, mesmo considerando a medição atual e mais restrita, do poço à roda. Estes resultados indicam o potencial de descarbonização dos biocombustíveis, soluções já disponíveis no país, de uma forma mais rápida e de baixo custo, uma vez que ocorreria mesmo sem mudanças relevantes na composição da frota atual de veículos – cuja renovação leva muito tempo, ainda em países como o Brasil, com baixo poder aquisitivo de parcela expressiva da população motorizada.

Neoindustrialização e geração de emprego e renda
Apesar dos desafios, o Brasil possui vantagens competitivas extraordinárias para a descarbonização do transporte, uma vez que suas matrizes energética e elétrica são limpas e compostas por energia renovável. Além disso, o país já desenvolve, há décadas, alternativas efetivas de descarbonização veicular por meio dos biocombustíveis, destacadamente o etanol. “O Brasil tem vocação para ocupar a vanguarda da descarbonização mundial, algo que já vem acontecendo desde a décadade 1970 com a criação do Proálcool (Programa Nacional do Álcool). Para continuar nessa trilha basta combinar esforços e investimentos em tecnologia, produção própria e capacitação de pessoas, garantindo empregos e gerando renda”, afirma Evandro Gussi, CEO e presidente da UNICA e membro do Conselho do MBCB.

Ao combinar o conhecimento em biocombustíveis com avanços na eletrificação e uso de hidrogênio, o Brasil se destaca como um centro global no desenvolvimento de tecnologias de baixo carbono. “O país é hoje um dos maiores protagonistas globais da mobilidade sustentável, por conta do uso de biocombustíveis como etanol, biodiesel e biometano. A combinação de biocombustíveis com eletrificação amplia o resultado de descarbonização e serve como referência para outros países que buscam soluções de baixo carbono”, observa Roberto Braun, Diretor de Relações Públicas e Comunicação Corporativa da Toyota e membro do Conselho do MBCB.

O Acordo de Cooperação MBCB reúne atualmente mais de 25 instituições e empresas: ABiogás - Associação Brasileira do Biogás, Abipeças, AEA - Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, Alcopar, Bioindᴹᵀ, Biosul, Bosch,Bruning Tecnometal, BYD, Conarem - Conselho Nacional De Retificas De Motores, Copersucar S.A., Cummins Inc., IndustriALL Brasil, John Deere, MAHLE, MWM Motores e Geradores, SAE BRASIL, Scania, SIAMIG,SIFAEG, Sindaçúcar-PE, Sindaçúcar-AL, Sindaçúcar, Sindalcool, Stellantis, Toyota do Brasil, Tupy, Unica - União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia, e Volkswagen do Brasil.

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MBCB  Máquina CW



Já estão abertas as inscrições para visitação na TranspoSul 24a Feira e Congresso de Transporte e Logística que ocorrerá em junho em Porto Alegre

Evento reúne empresários e profissionais do segmento que encontram oportunidades de qualificação e geração de negócios.

A cidade de Porto Alegre, mais uma vez, se tornará o centro das atenções do segmento de transporte e logística. De 18 a 21 de junho, o Centro de Eventos FIERGS, em Porto Alegre (RS), sedia a TranspoSul 24a Feira e Congresso de Transporte e Logística, uma realização do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul (SETCERGS).

Com a presença das mais expressivas marcas do segmento, o evento, proporciona um ambiente ideal para networking, troca de experiências e estabelecimento de parcerias estratégicas no setor. Pela natureza do tipo de negócios que o setor tem, permite ainda o estabelecimento de conexões com setores diversos da economia.

O horário de funcionamento é das 14h às 21h. A participação é gratuita e o credenciamento prévio pode ser feito no site https://transposul.com/

Além de conhecer as mais avançadas tecnologias e inovações de montadoras, fabricantes de peças e acessórios, o visitante tem a possibilidade de buscar atualização de temas atuais nas palestras que fazem parte da programação do Congresso. As inscrições para participação no Congresso estarão disponíveis a partir do dia 6 de maio de 2024.

Serviço
A TranspoSul 24ª Feira e Congresso de Transporte e Logística é uma realização do SETCERGS. Patrocinador Master: Dipesul Volvo, Eldorado Caminhões DAF e Volkswagen Caminhões e Ônibus.

Datas: 18 a 21 de junho
Horário: 14h às 21h
Local: Centro de Eventos FIERGS - Porto Alegre

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TranspoSul

Sobre o SETCERGS:
O Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado do Rio Grande do Sul – SETCERGS foi fundado em agosto de 1959 e é o órgão de representação sindical patronal do transporte rodoviário de cargas com base territorial na maior parte do Estado do Rio Grande do Sul.


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Caminhões equipados com tecnologia LED são cada vez mais vistos nas estradas brasileiras

Essa abordagem garante uma notável atenção do público, atingindo impressionantes 96% de visibilidade no local, afirma especialista. Além disso, abrem novas oportunidades de receita para motoristas.

Caminhões equipados com tecnologia LED estão cada vez mais presentes nas estradas brasileiras. Eles trazem mensagens, imagens e anúncios, e com sua abordagem diferenciada chamam a atenção, revelando-se altamente eficiente para a divulgação de serviços e até para a promoção de produtos. Além disso, essa estratégia tem oportunizado aos motoristas uma renda extra no final do mês.
Segundo Danniel Xavier, CEO da LED Expert, startup especializada no segmento de painéis de LED em alta resolução, esses produtos são integrados de maneira modular e customizável na carroceria do caminhão, podendo ser instalados em um reboque, com montagem e desmontagem fácil e rápida. Por estarem posicionadas nos três lados do veículo, proporcionam uma visibilidade praticamente completa de 360 graus, podendo ser vistas de todos os ângulos.

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 Danniel Xavier, CEO da LED Expert

"Ao equipar o caminhão com as telas LED, ele se destaca como ferramenta de alcance significativo, capturando a atenção das pessoas onde quer que esteja. Essa abordagem alcança impressionantes 96% de visibilidade quando implementada de forma estratégica", destaca.

A história de Wainer Guilherme, CEO da Gold Divulgações, demonstra como a incorporação da tecnologia dos painéis de LED fez diferença em seu negócio. Ele já atuava no mercado da publicidade há nove anos, circulando com um truck pelas ruas de Salvador e um carro de som. Contudo, foi durante o carnaval que ele encontrou a inspiração para seu novo empreendimento. Ele relata: "Fui morar em Goiânia e, quando voltei para minha cidade natal, Salvador, vi um trio com painel de LED e pensei: por que não adaptar meu mini trio e investir nesse segmento?"

Durante suas pesquisas para reformular os negócios, conheceu Rafael Lima, sócio da LED Expert, e alguns meses depois, realizaram a instalação.

Wainer lembra que isso foi durante o primeiro ano da pandemia, mas mesmo nessa época, os negócios começaram a dar resultado, como conta: "Estava tudo parado, os negócios em geral e os estabelecimentos. Depois de adaptar meu mini trio, fui o primeiro carro de som a voltar a trabalhar, pois tínhamos áudio e, agora, vídeo. Assim começamos a rodar imagens nos telões explicando como se prevenir da COVID."

Mesmo com a economia em recesso, os painéis de LED agregaram valor ao seu trabalho, trazendo mais receita. "Conseguimos um aumento de 40% nos serviços devido à inovação e qualidade dos painéis de LED," afirma.
Hoje, Wainer é uma referência nesse segmento em sua cidade. Ele relata: "Chegamos a viajar 500 km para atender clientes, e hoje a maioria não aceita mais o carro sem o painel de LED, pois traz muita eficiência para o trabalho de divulgação, e para os nossos serviços. Isso porque transmitimos um áudio visual que chama muito a atenção das pessoas. Atualmente, temos dois carros com painéis." Ele conclui: "Não foi fácil, mas valeu muito a pena acreditar e investir na tecnologia de painéis de LED".

 

Vantagens - E as pesquisas comprovam o impacto da tecnologia nas pessoas. De acordo com o estudo Insider OOH, para 64% dos entrevistados, os transportes, incluindo caminhões, são um dos principais "meios" onde são impactados pela mídia OOH. Essa categoria inclui publicidade em meios de transporte, como ônibus, metrôs, trens, táxis e outros veículos de locomoção pública. Considerando que os veículos circulam por ruas e estradas ao ar livre, as telas LED são projetadas para resistir a diversas condições climáticas, assegurando durabilidade. Fabricadas com materiais duráveis e resistentes, sua vida útil pode chegar até 40 mil horas.

"Isso resulta em menor necessidade de substituições precoces ou descarte, preservando o meio ambiente. Desta forma, como possui pouca necessidade de manutenção e reparos, reduz ainda mais o impacto ambiental," diz Xavier.

Para o especialista, ao considerar a versatilidade e o impacto visual dos painéis LED em caminhões, fica evidente que essa abordagem proporciona um investimento interessante. Além de garantir uma ampla visibilidade, essa forma de publicidade oferece uma excelente relação entre custo e benefício, se tornando uma estratégia eficaz para aumentar o reconhecimento e a visibilidade de uma empresa ou produto.

Assim, para transformar essa renda "extra" em negócio, a startup disponibiliza seu know-how empreendedor e, por meio de suas unidades, oferece um programa de Customer Success (Sucesso do Cliente) chamado "Programa Empreenda com a LED", que orienta clientes a fazerem desta comunicação um negócio bem-sucedido.

"O cliente recebe um plano personalizado, com cálculos de retorno de investimento, consumo energético e em quanto tempo haverá lucro, por exemplo. Após, são realizadas reuniões mensais para acompanhar a rentabilidade do painel e compartilhar as melhores estratégias para maximizar o faturamento, sempre considerando a escalada do negócio," explica Danniel.

Para o especialista, a utilização de painéis de LED em caminhões também colabora para a disrupção na publicidade. "A tecnologia LED sobre rodas possibilita muita criatividade no campo da publicidade com campanhas inovadoras. Ao transmitir conteúdo dinâmico em tempo real, elementos interativos podem ser adicionados às campanhas, como códigos QR Code e promoções relâmpago, o que ajuda a engajar o público e obter resultados mais rápidos e eficientes para os anunciantes," conclui.

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   Engenharia de Comunicação



Tecnologia ajuda motoristas a equilibrarem carga de trabalho com pausas adequadas

Logística 5.0 é o futuro das empresas de transporte e foca em um dos principais elementos: o bem estar dos motoristas

Com uso de IA e várias ferramentas tecnológicas, desafios na gestão de frotas é fazer com que, cada vez mais, a tecnologia atue em favor da vida dos motoristas e da qualidade de trabalho.

A evolução da revolução industrial, denominada Indústria 5.0, visa à integração harmoniosa entre humanos e máquinas, em vez da substituição completa de trabalhadores pela automação. A tecnologia é projetada para trabalhar em parceria com os humanos, valorizando habilidades cognitivas únicas e promovendo maior eficiência, inovação e personalização na produção, com foco em sustentabilidade e bem-estar humano.

Essa revolução industrial traz consigo transformações profundas, inclusive no segmento de Logística e Transportes, fundamental para qualquer indústria. Chamada de Logística 5.0, um dos focos é integrar tecnologia avançada enquanto coloca os motoristas no centro da equação. Nesse novo paradigma, além de otimizar processos, o objetivo é melhorar as condições de trabalho dos motoristas e proporcionar maior capacitação através de ferramentas tecnológicas inovadoras.

Em uma recente conversa no podcast da Infleet, empresa que desenvolve tecnologias para a Gestão de Frota, Patrick Rocha, fundador da Inlog, considerada a "escola da nova logística", falou sobre as perspectivas da Logística 5.0 na melhoria das condições de trabalho dos motoristas, e como isso também acaba revertendo em benefícios para as empresas.

"Um artigo da Harvard Business Review intitulado 'The Key to Happy Customers?' mostra como é a forte ligação estatística entre o bem-estar dos funcionários e a satisfação do cliente, reverberando na qualidade, produtividade e crescimento das empresas. Mais de 60% dos entrevistados corroboram com essa ideia na pesquisa", cita Patrick Rocha.

A Logística de Transportes 5.0 reconhece que a satisfação do motorista é fundamental e que o uso eficiente da tecnologia, como IoT, inteligência artificial e navegação avançada, pode facilitar suas tarefas diárias, como tornar as rotas previsíveis e trazer equilíbrio entre carga de trabalho e pausas adequadas.

A tecnologia da Infleet, por exemplo, contém funcionalidades que vão ao encontro do conceito "Logística 5.0" , como a Videotelemetria, que consegue monitorar a fadiga e o nível de estresse dos motoristas. Isso permite que as empresas intervenham quando um motorista deixa de cumprir algum requisito de segurança (não usar cinto, mexer no celular, etc.) ou até mesmo se ele estiver sobrecarregado, oferecendo pausas adequadas ou apoio emocional, contribuindo para a saúde mental e física dos motoristas, incluindo o cumprimento das leis de horas de trabalho, descanso adequado e condições ergonômicas nos veículos.

Outra funcionalidade que proporciona aumento da qualidade de trabalho e bem-estar dos motoristas, o "Check List" acompanha todos os processos de verificação do motorista, como registro de condução e suas licenças, como também os itens dos veículos, que contribuem para uma condução mais eficiente. Assim, ao garantir que os motoristas cumpram os regulamentos e políticas de segurança, as empresas podem criar um ambiente de trabalho mais seguro e saudável. Além disso, é possível verificar as áreas onde eles podem precisar de treinamento adicional ou apoio, incluindo treinamento em segurança rodoviária, técnicas de direção eficientes e até mesmo programas de bem-estar.

"Essas ferramentas são concebidas para apoiar os motoristas em suas responsabilidades, promovendo uma entrega mais eficiente e, ao mesmo tempo, respeitando suas habilidades e experiências", conta o CEO da Infleet, Victor Vilas Boas Cavalcanti.

infleet implementosnet 2024 04 23 02Victor Vilas Boas Cavalcanti

Porém, mudar uma cultura nunca é fácil, especialmente de profissionais que aprenderam, durante grande parte da carreira, a lidar com os desafios do dia a dia nas estradas. Para promover essa mudança de mindset e cultura, com o foco em uso de tecnologias de gestão, a Inlog contou na conversa com a Infleet como encontrou estratégias inovadoras para superar essa barreira e promover a utilização efetiva das soluções tecnológicas adotadas.

Patrick Rocha relembra os desafios enfrentados, quando a presença de smartphones nas mãos dos motoristas era limitada, e a resistência dos proprietários de frota em fornecer conectividade 3G aos motoristas era uma realidade. Para solucionar esse problema, a Inlog desenvolveu táticas criativas, uma das quais foi implementar uma competição entre motoristas terceirizados, oferecendo prêmios como churrascos, televisões e outros incentivos.

"Ao reconhecer a importância dos profissionais que estão na linha de frente da entrega, com um ambiente onde a tecnologia e os motoristas atuam juntos para proporcionar não apenas entregas eficientes, mas também qualidade de trabalho, criamos experiências satisfatórias para todos", reflete o profissional.

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 Engenharia de Comunicação



4 estratégias para otimizar o transporte rodoviário de mercadorias no Brasil

Transporte rodoviário continua sendo o principal modal para o transporte de cargas no país

O transporte rodoviário de cargas é o principal modal ainda utilizado no Brasil e a recuperação econômica pós-pandemia tem impulsionado a procura e a necessidade de eficiência logística. De acordo com o Panorama Transportes do Observatório Nacional de Transporte e Logística (ONTL) da Infra S.A, o país fechou o ano de 2023 com um crescimento na movimentação de cargas em relação ao ano de 2022, com o recorde 1,3 bilhão de toneladas movimentadas no ano. Mais de 100 milhões de toneladas foram transportadas pelas rodovias do país. O transporte rodoviário de soja, milho e farelo, com foco no comércio exterior teve alta de 35,7% em relação ao ano de 2022.

O mercado segue crescendo, a extensão territorial e diversidade geográfica do país dificultam o acesso a algumas regiões, com isso, muitas estradas não têm uma boa infraestrutura, o que pode resultar em condições precárias para o transporte de cargas e acidentes. Segundo a Confederação Nacional do Transporte, mais da metade das rodovias brasileiras estão em situação regular, ruim ou péssima.

Além dos desafios relacionados à extensão territorial do país e infraestrutura, o roubo de cargas é outro problema grave. Segundo dados do “Relatório de Roubo de Carga”, elaborado pelo Centro de Inteligência da Overhaul, o país registrou mais de 18 mil eventos de roubos de cargas entre janeiro e dezembro de 2023 e deve crescer ainda mais em 2024.

“O transporte rodoviário continua sendo o principal modal para o transporte de cargas e com isso, a infraestrutura ainda enfrenta desafios de falta de manutenção e segurança. Com esse cenário e a retomada da economia com o aquecimento do setor de logística, podemos esperar um aumento no número de roubos de cargas em 2024”, revela o gerente de Inteligência da Overhaul, Reginaldo Catarino.

Para enfrentar estes desafios e melhorar a eficiência do transporte rodoviário de mercadorias, o especialista em gestão de risco apresenta quatro estratégias fundamentais.

  1. Localização em tempo real
    Uma das ferramentas mais valiosas para melhorar a segurança e a eficiência do transporte terrestre de mercadorias é a implementação de sistemas de localização em tempo real. Estes sistemas permitem às empresas monitorizar a localização e o estado dos seus veículos e da sua carga em qualquer altura. “Através da utilização de GPS e de tecnologias de comunicação avançadas, as empresas podem detectar e responder rapidamente a quaisquer anomalias ou incidentes, tais como desvios não autorizados ou paradas prolongadas”, explica Reginaldo.

  2. Colaboração e coordenação interagências
    O especialista explica que é muito importante promover a colaboração e a coordenação entre os diferentes setores e atores de toda a cadeia de transporte, incluindo as empresas, as autoridades governamentais e os serviços de aplicação da lei. “Isto pode envolver a partilha de informações sobre rotas seguras, a implementação de medidas de segurança coordenadas e o desenvolvimento de protocolos conjuntos de resposta a emergências. A colaboração interagências é fundamental para reforçar a segurança e a resiliência das cadeias de abastecimento”.

  3. Formação e sensibilização do pessoal
    O fator humano desempenha um papel crucial na segurança e eficiência do transporte terrestre de mercadorias. Sendo assim, é essencial proporcionar formação adequada e sensibilizar os condutores, os operadores logísticos e o pessoal de segurança para os riscos associados ao transporte de carga, bem como para as melhores práticas de prevenção de roubos e outros incidentes. Isto inclui formação em técnicas de condução defensiva, procedimentos de segurança e gestão de emergências.

  4. Tecnologias de segurança avançadas
    Para além dos sistemas de localização em tempo real, as empresas de transporte adotam tecnologias de segurança avançadas para proteger a carga e atenuar os riscos associados ao transporte de carga terrestre. Estas tecnologias podem incluir sistemas de videovigilância, sensores de intrusão, fechaduras e selos eletrônicos e dispositivos de alarme à distância. Ao combinar estas tecnologias com uma estratégia robusta de gestão de risco, as empresas podem melhorar significativamente a segurança das suas operações de transporte rodoviário de mercadorias.

    “A melhoria do transporte rodoviário de mercadorias no Brasil requer uma abordagem abrangente que combine tecnologia, colaboração entre agências, formação de trabalhadores e a utilização de tecnologias de segurança avançadas. Ao implementar estas estratégias de forma eficaz, as empresas podem reforçar a segurança, a eficiência e a resiliência das suas cadeias de abastecimento, contribuindo assim para o crescimento económico e o desenvolvimento sustentável do país”, afirma Catarino.

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Overhaul  Sherlock Communications



Por Flavia Soares, Sherlock Communications

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